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Profissão de porteiro nem sempre tem a importância reconhecida

14/06/2011 – Um profissional de confiança, educado e sempre disposto a ajudar os condôminos. Esse é o "perfil desejado" para a função de porteiro.

"São guardiões do patrimônio e têm de ser valorizados", defende o presidente do Sieec (Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios), Rinaldo Lima Junior. De acordo com ele, na última década, a relação entre os porteiros e os síndicos ou proprietários dos imóveis melhorou bastante. Em questões trabalhistas, por exemplo, o Sieec tem conseguido intermediar acordos entre as partes sem precisar acionar a Justiça, acelerando o processo e tornando mais agradável a relação empregado-empregador.

 

ALÉM DA OBRIGAÇÃO - Severino José da Silva, 49 anos, conhecido por "Biu", é porteiro desde os 22 anos e sempre trabalhou em condomínios na Várzea, Zona Oeste do Recife. Passou 19 anos em seu primeiro emprego e, no atual, está há 11. "Todos sempre gostaram e gostam do meu jeito", afirmou ele, sorrindo. Para ele, ser porteiro é "ser comunicativo, saber respeitar, saber brincar", definiu.

 

Biu acumula as funções de limpeza das áreas comuns, recebimento e entrega de jornais, cartas e encomendas e vigia. Trabalha cerca de seis horas por dia e diz que o salário é pouco - um salário mínimo - mas que está muito satisfeito com a vida. "Para mim, é uma coisa maravilhosa", declara. Ele considera o trabalho tranquilo e o melhor são as amizades que conquista. Para todos os que chegam e saem, ele sempre pergunta: "Tudo certinho?", com uma voz encorajadora. Coleciona histórias e mesmo segredos dos moradores, com quem conversa sempre. "Enquanto estiverem precisando de mim, enquanto gostarem de mim, eu vou continuar", relatou.

 

Mas nem tudo é alegria no dia a dia desses profissionais. Muitos têm de ficar isolados em guaritas, passam muitas horas sentados - prejudicando a saúde - e, quando não têm auxiliares, ficam impossibilitados de sair e resolver outras tarefas ou mesmo se alimentar e ir ao banheiro. Segundo o presidente o Seeic, Rinaldo Lima Junior, um porteiro de Pernambuco recentemente ganhou na Justiça o direito de receber indenização por danos morais por conta de uma briga com o morador do local onde ele trabalhava, que reclamou porque ele demorou a abrir o portão da garagem. Ele explicou que havia ido ao banheiro, mas ainda assim o dono do carro começou a discutir, ofendeu-o e acabaram partindo para a força bruta. O caso demorou cerca de dois anos para ser concluído.

 

PROFISSÃO - Dentre as recentes conquistas da categoria, estão a cobertura social para casos de acidentes, complementando a renda pagando 50% do salário extra; e um auxílio em caso de morte ou invalidez do associado.

 

Além disso, lembra Rinaldo, foi aprovado pelo Senado Federal em 7 de julho de 2010 o adicional de periculosidade para os porteiros, no valor de 30%. No entanto, como o projeto de lei ainda não foi votado pela Câmara dos Deputados, ainda não é obrigatória a aplicação. Na próxima semana, dia 16, ocorrerá a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Condomínios e Edifícios (Conatec), quando serão discutidas estratégias para pressionar os deputados a colocarem o assunto na pauta e buscar mais essa vitória.

 

 

 

 

 

Autor: NE10

Fonte: Licita Mais Condomínios

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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