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Secretário Eduardo Jorge fala sobre desenvolvimento sustentável no Secovi-SP

20/07/2011 – Durante o evento, foi feito o lançamento do caderno de “Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial”, elaborado pelo Sindicato em parceria com o CBCS.

Durante o evento, foi feito o lançamento do caderno de “Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial”, elaborado pelo Sindicato em parceria com o CBCS. Material inédito tem o objetivo de informar e estimular a adoção de práticas sustentáveis na cadeia do segmento

 

Na terça-feira, 19/7, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) recebeu em sua sede o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, para o encontro político “Olho no Olho”. O secretário falou sobre desenvolvimento sustentável e mostrou como o município de São Paulo tem atuado nesta frente.

 

“O crédito imobiliário saltou de R$ 4 bilhões para R$ 80 bilhões de 2002 a 2010 e ao crescer, o mercado imobiliário experimentou um aumento das demandas de mão de obra, materiais e equipamentos. Porém, o quadro técnico dos órgãos públicos vem diminuindo, em razão de aposentadorias e falta de novos concursos. Esse desequilíbrio leva a um aumento do tempo de aprovação de projetos, que se traduz em elevação dos custos do empreendimento e dos preços dos imóveis”, disse João Crestana, presidente do Secovi-SP. “Além disso, a insegurança jurídica gerada por normas e procedimentos administrativos burocráticos é insuportável para um segmento de longo prazo. Apoiamos as práticas sustentáveis, pois as obras de um novo empreendimento duram dois anos e um edifício tem vida útil de 50 anos, mas dependemos de regras claras e profissionais treinados”, declarou Crestana.

 

Eduardo Jorge elogiou a aproximação do Secovi-SP com o tema sustentabilidade e a disposição do setor em aprender e adotar melhores práticas. Respondendo ao presidente do Secovi-SP, João Crestana, que o questionou sobre a demora na liberação de licenças para novos empreendimentos e cobrou uma maior interação entre os órgãos municipais e estaduais, o secretário afirmou que é um objetivo do Município buscar essa celeridade. “Os licenciamentos seguem três diretrizes: transparência, rigidez e rapidez”, garantiu.

 

Tema recente

 

Ao falar dos desafios enfrentados pela área ambiental no âmbito das políticas públicas, Eduardo Jorge ressaltou que a pasta da qual é titular é ainda muito nova, e enfrenta o desafio de se firmar como política essencial num campo completamente “dividido e loteado” entre segmentos considerados muito mais vitais, como a saúde e a educação. “Um estudo do Ipea mostra que os órgãos ambientais – quando existem – têm, em média, 0,4% do orçamento, seja nos municípios, nos estados ou na esfera federal. “Temos que fazer um trabalho de convencimento para conseguir que os ocupantes de cargos executivos invistam mais nessa pequeníssima estrutura”, disse o secretário, que em duas gestões sucessivas vem apostando nas parcerias com outros atores da sociedade”,  inclusive ONGs e entidades de classe.

 

Eduardo Jorge comemorou o fato de o município de São Paulo ter passado a destinar 1,1% do orçamento à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, contra os 0,4% praticados até então – na prática, houve uma elevação de R$ 70 milhões para R$ 300 milhões.

 

Clima é assunto primordial

 

Em sua palestra, o secretário destacou que o clima é pauta “mãe” na esfera política. “É uma questão ambiental, econômica e social. É a mais grave que vamos enfrentar. Atinge a todos – pobres e ricos. Vai reorganizar todas as outras pautas do planejamento. Quem pensar no médio e longo prazos e quiser sobreviver, deve priorizar esse tema”, enfatizou, acrescentando que a questão climática nos obriga a repensar os modelos de urbanização. “As cidades compactas, que exigem menores deslocamentos dos seus habitantes e promove um convívio mais próximo entre as diferentes classes sociais é mais humana, mais racional e mais sustentável, sob todos os pontos de vista”.

 

Orgulhoso do trabalho que vem desenvolvendo à frente da secretaria do Verde e do Meio ambiente, Eduardo Jorge listou algumas realizações. “Estamos em pé de igualdade com grandes metrópoles mundiais, e temos o que mostrar”, afirmou, lembrando que, se o prefeito Michael Bloomberg, de Nova Iorque, orgulha-se das 500 mil árvores plantadas em Manhattan, São Paulo plantou o triplo disso no mesmo período.

 

O secretário também falou sobre o sucesso das usinas que usam gás metano dos aterros sanitários no município para gerar energia, uma maneira inteligente dar uso às mais de 15 mil toneladas diárias de lixo coletadas na cidade. “Além de evitar que esse gás de efeito-estufa entre na atmosfera, provemos 500 mil habitantes com energia limpa e renovável”, esclareceu. “Mas o maior desafio ainda estamos por vencer: trata-se de conseguir reduzir a geração de lixo na cidade”.

 

Eduardo Jorge citou, ainda, o projeto “100 parques”, que propõe aumentar de 34 para 100 o número de parques instalados no Município. “Quando ampliamos as áreas verdes, aumentamos a quantidade de áreas permeáveis, o que se traduz em menos enchentes e melhor qualidade de vida”, disse o secretário, que demonstrou especial apreço pelos parques lineares, excelentes opções para uma cidade já tão ocupada como São Paulo.

 

Outro tema levantado foi a implantação da Inspeção Veicular Municipal, que promoveu a regulagem dos automóveis, elevando a qualidade do ar na cidade. “Em termos de redução das emissões atmosféricas, a inspeção equivaleu à retirada de 1 milhão de carros de circulação”, explicou. Ainda no campo dos transportes, Eduardo Jorge informou que São Paulo está trabalhando na recuperação dos trólebus e no uso de combustível com adição de 20% de etanol (e não 5%, que é a proporção utilizada nacionalmente).

 

Ao final da explanação, o secretário fez questão de falar sobre os “licenciamentos complicados”, em que o desafio de conciliar os aspectos econômicos, sociais e ambientais assume dimensões quase incontornáveis. Os casos mais polêmicos dizem respeito à liberação dos trechos Norte e Sul do Rodoanel. “Para viabilizarmos a obra, que é fundamental para o País, sem abrir mão do respeito ao Meio Ambiente, preservando os remanescentes de mananciais da região sul e a verdadeira joia que é o Parque da Cantareira, na região norte, tivemos que inserir alterações no projeto original e propor alternativas de compensação”, exemplificou.

 

O encontro “Olho no Olho” contou também com a presença dos secretários municipais Edson Ortega Marques (Segurança Urbana), Marcos Belizário (da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida), Orlando de Almeida Filho (Controle Urbano), Uebe Rezeck (de Participação e Parceria) e José Gregori (Diretos Humanos), além da vereadora Sandra Tadeu.

 

“Condutas de Sustentabilidade” disponível para download gratuito

 

O Sindicato aproveitou a ocasião e lançou o caderno de “Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário Residencial”, resultado da parceria entre a vice-presidência de Sustentabilidade do Secovi-SP e o CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável).

 

De acordo com Claudio Bernardes, vice-presidente do Secovi-SP, o Sindicato percebeu que faltava um entendimento mais amplo do que é sustentabilidade no setor imobiliário, e como é possível atuar dentro de seus princípios básicos.

 

“Sem conhecimento, não há conscientização, e sem consciência, não há atitude. Por isso, a vice-presidência de Sustentabilidade do Secovi-SP decidiu atuar na base, ou seja, fornecer aos segmentos que integram o setor imobiliário fundamentos, diretrizes e conceitos”, disse Bernardes durante o evento.

 

A ideia do caderno é oferecer elementos que, uma vez conhecidos e entendidos, tragam todas as atividades para o necessário alinhamento sobre o que é e como praticar sustentabilidade, promovendo a adoção de condutas adequadas. “Estamos convictos de que o setor conta agora com um serviço de informações e orientações à altura de suas necessidades”, afirmou o vice-presidente.

 

De acordo com Marcelo Takaoka, presidente do CBCS, está aumentando a demanda por prédios “verdes” e o setor da construção civil tem a oportunidade de trabalhar em harmonia com as diretrizes da sustentabilidade e ainda gerar negócio, com eficiência e racionalidade de recursos naturais. “A ONU entende que uma das formas de trabalhar a sustentabilidade na green economy é por meio do mercado imobiliário. As corporações querem se instalar em edifícios ‘verdes’ porque sabem dos seus benefícios. A construção de um prédio nesses moldes é mais caro em cerca de 7%, mas oferece um retorno de longo prazo, inclusive redução nos custos fixos de consumo e de manutenção”, esclareceu, lembrando que o menor gasto de energia em um prédio traduz-se, por exemplo, em uma taxa de condomínio mais barata.

 

O documento já está disponível para download gratuito para todos os interessados no site do Secovi-SP (www.secovi.com.br/sustentabilidade/caderno-de-sustentabilidade/) e das entidades parceiras e apoiadoras: CBCS, Aelo, AsBea, CBIC e SindusCon-SP.

 

 

Autor: Secovi - SP

Fonte: Secovi - SP

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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