Um relatório do Banco Central mostrou que a inadimplência geral das famílias chegou a 7,6% em abril. Na série histórica recente, o número de calotes só ficou menor em dezembro de 2009, quando atingiu 7,7% das operações.
A situação é ainda mais preocupante no setor de automóveis. Segundo o Banco Central, 5,9% dos pagamentos nessa categoria tiveram atraso superior a 90 dias. O índice é o maior desde 2000, quando o governo passou a fazer a estatística. Curiosamente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, na semana passada, um pacote de estímulos para a indústria de automóveis, na expectativa de alavancar ainda mais o consumo.
Na hora de buscar explicações para os calotes, educadores financeiros são unânimes: com a economia aquecida, as pessoas perdem o controle e gastam mais do que devem. Para recobrar o prumo, a receita é controlar o impulso e procurar negociar as dívidas.
O relatório do Banco Central, divulgado no dia 25/5, indicou também que o prazo de financiamento para a pessoa física está ainda maior. Em abril deste ano, o prazo médio foi de 606 dias, 39 a mais do que no mesmo mês do ano passado. Em relação a março desde ano, houve avanço de um dia.
O crédito facilitado, no entanto, pode se tornar uma armadilha para os consumidores. Para evitar problemas, a regra é organização. “Quem se enrola acaba trabalhando para sustentar os bancos”, diz o consultor Álvaro Modernell.
Autor: Metro
Fonte: Secovi Rio
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