Além dos caixas eletrônicos, os condomínios também se tornaram alvo preferencial dos assaltantes. Em média, são registrados dois arrastões em prédios por mês em prédios de São Paulo. Para conseguir entrar, os criminosos usam até mulheres grávidas.
Instalar equipamentos ajuda, mas não resolve. “Temos visto prédios que investem de R$ 100 mil a R$ 150 mil em segurança, guaritas blindadas e equipamentos de última geração. Equipamentos auxiliam na segurança, mas equipamentos não fazem segurança. Quem faz efetivamente a segurança é quem trabalha e quem mora no condomínio”, diz Sérgio Meira de Castro Neto, diretor de condomínios do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP)
O Sindicato da Habitação diz que, para diminuir o risco de assalto, o síndico, os moradores e os funcionários devem atuar em conjunto. A responsabilidade é de todos, e o ideal é que cada condomínio crie o seu próprio manual com as regras de segurança.
Em um prédio, a síndica sugeriu e os moradores aprovaram as normas. Os funcionários passaram a apresentar antecedentes criminais. Quem chega para prestar serviço no condomínio tem de mostrar documento com foto e usar o crachá do prédio. Até para um vizinho de andar visitar o morador ao lado é necessário antes avisá-lo pelo interfone. Se não, a porta não é aberta.
“Você vê quantos casos já houve nos quais a pessoa tocou a campainha e se deparou com um ladrão”, conta a síndica Lourdes Afonso.
Se alguém foi dominado na rua e entrou com um ladrão no prédio? O porteiro será avisado pelo morador discretamente. “Nós temos também entre nós uma maneira de identificar ao porteiro, por meio de um sinal, que aquela pessoa que está do nosso lado não é uma pessoa conveniente”, afirma Lourdes Afonso.
Muitos bandidos ainda conseguem entrar nos condomínios pela portaria, porque se aproveitam do despreparo e da boa fé de quem trabalha nela. “Vemos casos em que aparece uma mulher simulando estar grávida, passando mal na porta do prédio e pede para usar o banheiro. O funcionário gentilmente sai de uma guarita blindada e abre a porta para ela ir ao banheiro. Simulou que quebrou o carro no condomínio e ele fala: ‘Olha, descarregou meu celular. Será que você pode me emprestar o telefone que eu vou chamar o meu seguro?’ Abre a porta do condomínio”, alerta o diretor do Secovi-SP, Sérgio Meira de Castro Neto.
Para o Sindicato da Habitação, a saída é investir em treinamento. “Treinamento a toda hora e reciclagem. Se já treinou o funcionário no ano passado, treina de novo. É só martelando repetidas vezes os procedimentos que, na hora que acontecer uma situação desse tipo, ele vai lembrar o treinamento e aquela malícia que ele precisa ter vai aflorar na cabeça dele”, diz o diretor do Secovi-SP, Sérgio Meira de Castro Neto.
Autor: G1
Fonte: Licita Mais Condomínios
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