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Florianópolis tem maior variação acumulada no preço da cesta básica

02/09/2011 – Florianópolis, com alta de 2,02%, está entre as capitais com os maiores aumentos na cesta básica em agosto.

Ao contrário do que ocorreu em julho, quando 14 cidades registraram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em agosto, 10 localidades indicaram alta no custo dos produtos básicos. O dado é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica realizada mensalmente pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - em 17 capitais brasileiras.

Florianópolis, com alta de 2,02%, está entre as capitais com os maiores aumentos. O grupo também inclui Rio de Janeiro (4,82%), Porto Alegre (4,49%), Curitiba (2,19%) e Aracaju (2,02%) As retrações mais significativas foram apuradas em Fortaleza (-4,13%) e Natal (-1,70%).

Florianópolis está em terceiro no ranking das cidades com o valor da cesta mais elevado, registrada em R$ 260,00. Porto Alegre foi a capital que apresentou o maior valor em agosto, com R$ 271,25. Em São Paulo, a segunda mais cara,o valor do conjunto de alimentos correspondeu a R$ 266,75. Aracaju (R$ 187,73), João Pessoa (R$ 202,47) e Fortaleza (R$ 205,84) apresentaram os menores valores.

De janeiro a agosto deste ano, Florianópolis apresentou a maior variação acumulada do preço da cesta, registrando 9,18%, seguida por Porto Alegre (7,57%) e Aracaju (6,74%). As capitais que apresentaram variação negativa foram: Goiânia (-3,15%), Manaus (-1,57%) e Natal (-0,13%).

Nos últimos 12 meses, de setembro de 2010 a agosto deste ano, nenhuma das capitais pesquisadas apresenta variação acumulada negativa. As altas mais significativas

foram apuradas no Rio de Janeiro (19,45%), Florianópolis (17,52%) e Belo Horizonte (16,68%). As menores elevações ocorreram em Goiânia (6,19%) e Aracaju (7,30%).

Salário mínimo

Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o salário mínimo necessário.

Para agosto, seu valor foi calculado em R$ 2.278,77 - que corresponde a 4,18 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Para julho, o piso mínimo era estimado em R$ 2.212,66, ou 4,06 vezes o menor valor pago no país, enquanto em agosto de 2010, quando os preços dos gêneros essenciais estavam em queda, o mínimo necessário era calculado em R$ 2.023,89, o que corresponde a 3,97 vezes o piso de então, de R$ 510,00.

A alta no valor da cesta na maior parte das capitais acompanhadas fez com que aumentasse também o tempo de trabalho necessário para quem é remunerado pelo salário mínimo adquirir os produtos alimentícios essenciais. Assim, em agosto, esse trabalhador precisou cumprir, na média das 17 capitais pesquisadas, uma jornada de 94 horas e 38 minutos, enquanto em julho eram necessárias 93 horas e 52 minutos. Em agosto de 2010 a jornada exigida era bem menor, ficando em 89 horas e 38 minutos.

A mesma situação pode ser observada quando se considera o percentual do salário mínimo líquido gasto com a cesta - ou seja, após a dedução da parcela referente à Previdência Social. Em agosto, 46,76% do rendimento líquido do trabalhador eram comprometidos com a aquisição da cesta, percentual pouca coisa maior que o registrado em julho (46,38%). Em agosto do ano passado, porém, o percentual era menor, correspondendo a 44,29%.

Comportamento dos preços

A maioria dos itens que compõem a cesta básica teve predominantemente alta em agosto, contribuindo para o aumento do custo do conjunto de produtos alimentícios essenciais em grande parte das localidades pesquisadas.

O açúcar - cuja produção este ano foi prejudicada pelas condições climáticas, com muita chuva reduzindo o teor de sacarose, seguido de excesso de sol no período da colheita - teve aumento em 16 capitais, com destaque para Brasília (11,54%), São Paulo (9,05%), Salvador (7,69%), Florianópolis (6,15%) e Goiânia (6,11%).

Treze capitais registraram aumento no preço da carne, em agosto, em especial no Rio de Janeiro (5,74%), Vitória (4,74%) Brasília (4,08%) e Florianópolis (4,02%).

Nos últimos 12 meses, o preço da carne subiu em todas as 17 capitais, com os aumentos mais expressivos apurados em Florianópolis (25,05%), Fortaleza (24,93%), Rio de Janeiro (23,22%), Belém (23,09%) e Belo Horizonte (23,04%). As geadas no Sul e em Mato Grosso do Sul, importantes regiões produtoras, queimaram as pastagens que ainda foram prejudicadas pelo sol muito forte que seguiu o período de chuvas, e acabou com o capim, provocando perda de peso do gado.

Fortes chuvas e geadas prejudicaram também a produção da banana, item cujo preço subiu em 12 capitais, como se verificou em Natal (12,20%), Rio de Janeiro (9,41%) e Porto Alegre (8,21%). Em cinco locais o preço caiu, com destaque para Salvador (-8,56%) e Florianópolis (-7,18%).

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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