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Estados pagam 30% a mais em juros da dívida em 2011

23/05/2011 – A dívida dos estados poderá ser usada pelo Ministério da Fazenda como instrumento de negociação na reforma tributária.

Com possibilidade de ser usada pelo Ministério da Fazenda como instrumento de negociação na reforma tributária, a dívida dos estados está sofrendo efeitos da alta da inflação. Com o endividamento corrigido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna IGP-DI da Fundação Getulio Vargas (FGV) - que é sensível às pressões do atacado e dos preços internacionais -, as unidades da Federação iniciaram o ano pagando mais juros do que no mesmo período do ano passado.

 

As despesas estaduais com os juros da dívida aumentaram, em média, 30,7% nos dois primeiros meses de 2011 na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, os gastos saltaram de R$ 2,219 bilhões para R$ 2,901 bilhões. Os dados têm como base relatórios de execução orçamentária que os estados e o Distrito Federal enviam periodicamente ao Tesouro Nacional.

 

A pressão sobre os juros da dívida não é compensada pelo aumento da arrecadação decorrente da inflação. De acordo com os mesmos relatórios, as receitas totais dos estados aumentaram 13,01% no mesmo período. Esse efeito é provocado principalmente pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo de competência das unidades da Federação diretamente relacionado aos preços. Quando a inflação sobe, as receitas do ICMS também sobem.

 

Os estados mais afetados pelo aumento dos juros da dívida são o Tocantins, cuja despesa subiu 150% no primeiro bimestre; Minas Gerais, com alta de 124%; e o Rio de Janeiro, com 63%. O efeito sobre os juros das dívidas poderia ser pior não fosse o calendário de pagamento de juros. O Rio Grande do Sul pagou 31% a menos de juros em janeiro e fevereiro, mas não dá para verificar se a tendência persistiu nos meses seguintes de 2011 porque os estados ainda não enviaram os relatórios do segundo bimestre.

 

Limite

 

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece que a dívida dos estados só pode atingir até 200% da receita corrente líquida. A alta do indexador que corrige as dívidas torna mais difícil o cumprimento desse limite, mas os dados sobre a LRF constam de outro documento que só será enviado pelas unidades da Federação nos próximos meses. No último relatório, do fim do ano passado, apenas o Rio Grande do Sul excedia o limite de endividamento entre os estados.

 

Depois da renegociação das dívidas no fim da década de 1990, os estados passaram a ter a dívida corrigida pelo IGP-DI mais 6%, 7,5% ou 9% ao ano, dependendo de cada caso. Com a alta da inflação, o IGP-DI está em 10,84% no acumulado nos últimos 12 meses, o que pode fazer a dívida disparar até 20% neste ano e criar dificuldades para as contas dos estados.

 

Nos últimos 15 dias, governadores que se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a proposta de reforma tributária pediram a mudança na forma de correção das dívidas. Inicialmente, o ministro não se pronunciou. Durante encontro com governadores do Sul e do Sudeste, na última quarta-feira (18), Mantega admitiu que pode revisar os indexadores.

 

O levantamento abrangeu 20 estados e o Distrito Federal. Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima não foram incluídos porque não haviam enviado o relatório de execução orçamentária ao Tesouro.

 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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