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A qualidade do crédito para o setor produtivo está recuperando a força no Sul do País. De acordo com o Índice de Serasa Experian de Qualidade do Crédito, a região fechou o quarto trimestre de 2010 com 95,78 pontos, acima da média nacional de 95,68 (quanto mais próximo de 100, menor é o risco de inadimplência).

Apenas a região Sudeste apresentou índice superior, com 96,06 pontos. De acordo com o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, dois fatores contribuem para o bom desempenho do Sul do País. "Há, na região, uma melhor educação financeira e também mais controle na concessão de crédito, o que gera melhores resultados na duas vias, tanto do consumidor quanto das empresas", diz Almeida.

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Em âmbito nacional, a taxa subiu 0,04% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. É o maior índice desde o segundo trimestre de 2009. Para Almeida, a recuperação da qualidade de crédito das empresas, lenta, porém consistente, é decorrente do crescimento econômico do país e do processo de normalização gradual da oferta de crédito às empresas, tendência que se manteve durante todo o ano de 2010.

Micro e pequenas puxam melhora

Na segmentação por porte da qualidade do crédito empresarial, a melhora observada no último trimestre de 2010 deveu-se às micros e pequenas empresas (alta de 0,06% na qualidade de crédito desta categoria no quarto trimestre de 2010). Nas médias, o ano de 2010 encerrou com um ligeiro recuo de 0,03% na qualidade de crédito ao passo que nas grandes empresas o avanço no quarto trimestre do ano passado foi de 0,02%.

Serviços ainda à frente

A qualidade de crédito das empresas melhorou em todos os setores econômicos durante o 4º trimestre de 2010. O maior avanço ocorreu no setor comercial (alta de 0,08%) e, em menor grau, nos setores industrial (+0,04%) e de serviços (+0,02%). A forte expansão do consumo doméstico favoreceu a melhora de geração de caixa e, por tabela, a qualidade de crédito das empresas do varejo tanto no 4º trimestre como durante todo o ano passado.

Apesar da alta menor no quarto trimestre, os serviços continuam na liderança como setor com menor risco de inadimplência, seguidos do comércio e da indústria.