Abrir o próprio negócio é, sem dúvida, o sonho de milhares de pessoas. Em 2009, o Brasil ficou na sexta colocação no número de empreendedores iniciais com 18,8 milhões de pessoas começando uma atividade empreendedora. A comparação foi feita com outros 54 países, segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Em compensação, a taxa de mortalidade das empresas com até dois anos chega a cerca de 24% no Estado, de acordo com a última pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A alta taxa de fracasso das novas empresas é um dos fatores que colaboram para o medo de empreender. Segundo o chefe de departamento do curso de administração da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Nério Amboni, a principal razão para a apreensão é o desconhecimento por parte do futuro empresário.
"Para diminuir o risco é necessário conhecer os aspectos legais do que é necessário fazer. A carga tributária também assusta e a falta de financiamentos. Quanto mais conhecimento, menor o medo de emprender", declara Amboni.
O professor comenta que não existe fórmula para diminuir a insegurança, mas que é fundamental ter paixão pelo empreendedorismo. "É necessário ter disposição para trabalhar sem horários. Encarar como um projeto de vida e ter em mente que o medo faz as pessoas buscarem mais informações.
Delivery de Sushi
Uma ideia inovadora pode gerar muito mais insegurança na hora de abrir um negócio. Por isso, Lucas d'Acampora Prim e outros dois sócios pesquisaram e estudaram muito antes de abrir o Kimitachi, empresa que entrega sushi na casa dos clientes. "Foi um longo processo até abrir a empresa. Pesquisamos 60 restaurantes do mundo todo, consumidores de Florianópolis... No final, o nosso plano de negócios apontou que o mercado teria uma boa aceitação".
O empresário comenta que o receio foi maior na época porque quando se é jovem as pessoas repreendem mais. "Com um projeto bem feito e com auxílio dos professores abrimos um negócio com grande potencial", comenta Prim.
Ajuda
A indicação para quem tem vontade de abrir uma empresa é procurar o Sebrae, que oferece cursos e suporte aos empresários. Além disso, nas universidades também é possível encontrar Empresas Juniores que podem auxiliar com pesquisas de mercado. Outra opção é contratar uma incubadora de empresas que oferece apoio estratégico durante os primeiros anos de existência de novos negócios.
Autor: DIEGO SOUZA
Fonte: Economia SC
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