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Apesar da concorrência asiática, setor têxtil brasileiro continua investindo

14/06/2011 – Entre as dificuldades está a alta no preço do algodão, o déficit recorde e a avalanche de importados.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) disse que, apesar das dificuldades que o setor vem enfrentando, com déficit recorde, alta no preço do algodão, avalanche de importados, volta da inflação e início de demanda mais reprimidaé necessário que os empresários continuem investindo, e valorizando seus produtos.

 

O Setor realizou, em junho, duas reuniões com a Frente Parlamentar Têxtil, em Brasília, para levar as medidas mais urgentes para o governo. Na última reunião, com o Ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, a ABIT entregou uma proposta concisa para o fortalecimento imediato das Confecções.

 

Aguinaldo Diniz Filho, presidente da entidade, defende que, para fortalecer o elo da confecção, é preciso ampliar o Simples, desonerar a folha de pagamento e exigir dos produtores asiáticos as mesmas regras que os empresários brasileiros têm que cumprir.

 

Déficit

 

De janeiro a maio deste ano, o crescimento do déficit na balança comercial do setor têxtil e de confecção foi de 46,2% (excluída a fibra de algodão), em relação ao mesmo período do ano passado. As importações no período cresceram 33,5% e as exportações tiveram um tímido aumento: 4,3%. O déficit acumulado de janeiro a maio de 2011 está acumulado em US$ 1,89 bilhão (excluída a fibra de algodão).

 

O volume de exportações de janeiro a maio de 2011 foi de 116,9 mil toneladas, com um aumento de 3,1%, nas 120,7 mil toneladas registradas de janeiro a maio de 2010.

 

Já os dez estados que mais receberam produtos estrangeiros, em valor (importações), nos primeiros cinco meses do ano foram: Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba e Bahia. E os dez estados que mais venderam produtos brasileiros, em valor (exportações), no mesmo período, foram: São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Rio Grande do Norte.

 

Em relação ao comércio com outros países, os dez que mais receberam produtos brasileiros, em valor, de janeiro a maio de 2011 foram: Argentina, Estados Unidos, Venezuela, Paraguai, Colômbia, Holanda, Uruguai, México, Chile e Peru e os dez que mais exportaram para o Brasil, no mesmo período, foram:China, Índia, Indonésia, Argentina, Estados Unidos, Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Bangladesh, Tailândia e Itália.

 

Emprego e Produção Física

 

No mês de abril de 2011, a geração de empregos no setor têxtil e de vestuário foi de 4.893 contra 10.092 gerados no mesmo período de 2010. O acumulado foi de 16.536 (de janeiro a abril de 2011) ante os 36.161, de janeiro a abril do ano passado.

 

Quando comparado o primeiro trimestre deste ano com igual período do ano passado, houve um crescimento de 4,58% na Indústria de transformação, número superado pelo segmento do vestuário, que registrou alta de 9,62%. O setor têxtil não teve o mesmo desempenho e completou o período em queda de 7,12%.

 

De janeiro a abril de 2011 houve uma queda de 11,61% no segmento Têxtil e um crescimento muito pequeno, de apenas de 0,38% , no Vestuário , se comparado ao mesmo período do ano anterior .

 

Varejo e Investimentos

 

De janeiro a abril de 2011 houve um desempenho positivo de 7,34% em volume de vendas e de 14,54% em receita nominal, ambos em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

Em termos de investimentos, o desembolso do BNDES foi de R$ 330,1 milhões de janeiro a março de 2010, contra R$ 301,2 milhões de janeiro a fevereiro deste ano. A participação do setor variou de 1,29% para 1,2% em relação ao total do desembolso realizado pelo BNDES.

 

No que tange a importação de máquinas e equipamentos, do primeiro quadrimestre do ano passado para o mesmo período deste ano, houve um crescimento de 46,57%, passando de US$204 mi para US$ 299 mi.

 

Inflação e a questão do algodão

 

A inflação, com índice no vestuário, tanto para o IPCA quanto para o IPC foram respectivamente, de 0,42% (abril) e 1,19% (maio), e de 0,68% (abril) e 1,1% (maio).

 

De acordo com Abit, nos últimos seis meses, a indústria brasileira de produtos têxteis e confeccionados foi alvo de um rápido e contundente processo de aumento de custos e de elevação de suas necessidades de capital de giro.

 

Segundo a associação, isso aconteceu porque, nesse período, o preço doméstico do algodão subiu aproximadamente 115%, enquanto que o preço médio de venda desta indústria permaneceu praticamente constante. Considerando-se os últimos doze meses (fevereiro de 2011 a fevereiro de 2010), o aumento do algodão foi de 177%.

 

Diniz Filho aponta que para aliviar a situação, é preciso criar um mecanismo de financiamento para empresas de todos os portes para compra de fibras de algodão. Além disso, o presidente destaca outras questões prioritárias, como a desoneração profunda e imediata de todos os elos da cadeia produtiva têxtil e de confecção; a criação de um mecanismo de estabilização de preços que dê previsibilidade à indústria do valor pela qual ela pagará sua matéria prima num horizonte razoável de tempo e a elaboração de mecanismo que garanta o abastecimento total do mercado interno consumidor de fibras de algodão.

 

 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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