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Mais de 13 milhões de pessoas subiram de classe econômica

28/06/2011 – A base da pirâmide, formada pelas classes D e E ficou menor. Passando de 96,2 milhões de pessoas em 2003, para 63,6 milhões em 2011.

Nos últimos 21 meses, até maio deste ano, cerca de 13,3 milhões de pessoas ascenderam às classes A, B ou C no Brasil. A informação consta do estudo Os Emergentes dos Emergentes, divulgado nesta segunda-feira (27), em São Paulo, pela Fundação Getulio Vargas.

 

Segundo Marcelo Neri, coordenador do estudo, o dado revela uma "transformação de grande magnitude" que está acontecendo no país. Isso se deve, segundo ele, principalmente porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e a desigualdade vem caindo há dez anos consecutivos. De acordo com ele, a mudança também ocorreu por causa da estabilidade econômica e do controle da inflação e, sobretudo, devido à educação.

 

"Só pelo efeito da educação, se tudo ficasse constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos de porcentagem por ano, o que é bastante. Eu diria que a educação é a grande política estrutural por trás disso", afirmou Neri.

 

Números

 

Nos últimos 21 meses, o maior crescimento se deu nas classes A e B (12,8%), seguidas pela classe C, que cresceu 11,1%. Quando se passa a analisar a mudança que ocorreu nas classes econômicas do Brasil desde 2003, o estudo aponta que 48,7 milhões de brasileiros entraram nas classes A, B e C, população maior que a da Espanha.

 

A base da pirâmide, formada pelas classes D e E, por sua vez, ficou menor. Em 2003, 96,2 milhões de pessoas faziam parte da base da pirâmide. Neste ano, o número passou para 63,6 milhões. A classe C, por sua vez, passou de 45 milhões de pessoas em 1993 para 105,5 milhões este ano.

 

Programas Federais

 

A principal explicação para o encolhimento da classe E, segundo Neri, são os programas de transferência de renda para os mais pobres, como o Bolsa Família. Já a ascensão da classe C, segundo ele, vem sendo observada desde a implementação do plano real. "O trabalhador brasileiro está trabalhando mais porque se educou mais, está conseguindo trabalho formal e acho que ele é o grande herói dessa ascensão da classe média", afirmou Neri. Outro fator que contribuiu para a ascensão à classe C foi o aumento do salário mínimo.

 

O estudo ainda revelou que a evolução dos indicadores das classes sociais no Brasil tem sido superior ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e maior que na China. Desde 2003, a renda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) cresceu 1,8 ponto percentual ao ano acima do PIB, superior ao que ocorreu na China, onde o PIB tem crescido dois pontos percentuais por ano acima da renda dos domicílios chineses.

 

Brics

 

Comparando com os outros países que integram o Brics (grupo de países formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil apresentou, na década de 2000, a segunda melhor taxa de crescimento anual da renda domiciliar per capita entre os 20% mais pobres da população, com 6,3%, atrás da China, com 8,5%. Em terceiro, aparece a África do Sul (5,8%), seguida pela Índia (1%). Já com relação aos 20% mais ricos, a taxa de crescimento anual da renda familiar foi maior nos outros países: China (15,1%), África do Sul (7,6%), Índia (2,8%) e Brasil (1,7%).

 

O estudo também avaliou que os brasileiros estão mais felizes e satisfeitos com a sua vida que os demais povos dos países do Brics. Numa escala que varia de 0 a 10, a média brasileira de satisfação no ano de 2009 foi 7, enquanto atingiu 5,2 na África do Sul e 4,5 na China e na Índia. No ranking mundial de felicidade, o Brasil alcançou a 17ª posição em 2009, entre 144 países analisados.

 

 

 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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