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Estágio antecipa 'caça' aos talentos em empresas catarinenses

30/06/2011 – A Tupy, de Joinville, por exemplo, efetiva cerca de 30% dos seus estagiários

A mudança acelerada na economia mundial e a necessidade das empresas em ampliar a competitividade têm exigido cada vez mais uma ampla qualificação dos futuros profissionais. A falta de trabalhadores com este requisito no mercado tem preocupado empresas e transformado algumas atividades como, por exemplo, a prática de estágio.

 

Atualmente organizações mais consolidadas tem utilizado o estágio como meio de recrutar talentos, o que não era cultura no passado. "Hoje há mais responsabilidade no exercício do estágio. As atividades desenvolvidas pelos estagiários passaram de operacionais e burocráticas para uma experiência prática da teoria. Isso é imprescindível para antecipar a qualificação dos jovens e treiná-los para ser um futuro profissional dentro da empresa, suprindo esta carência de mercado", afirmou o gerente executivo nacional de estágio e desenvolvimento de trainee do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Ricardo Romeiro.

 

Segundo Romeiro, essa é a tendência para os próximos anos, mas ainda há muito para ser feito. Existem muitas empresas que não perceberam a importância do estágio e com isso o número de vagas oferecidas não cresce, apesar de haver uma grande demanda de estudantes em formação nos cursos superiores.

 

A lei de estágio, atualizada há mais de dois anos, também não conquistou os empresários. "Para ela ser mais assertiva, deveria ter sido feito um balanceamento dos benefícios entre os estudantes e as empresas, mas as regras favoreceram mais os estudantes, sendo que quem oferece vagas são as indústrias", declarou. Outro fator apontado pelo gerente que preocupa o desenvolvimento da atividade é a aproximação da lei de estágio com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

 

Hoje há no Brasil cerca de 1,1 milhão de estudantes fazendo estágio, dos quais 750 mil são de cursos superiores e técnicos e 400 mil do ensino médio. De acordo com Romeiro, isso representa uma fatia de apenas 20% dos estudantes do país. Ele explicou ainda que esse baixo índice deve-se a ausência de oportunidades e não pela falta de interesse dos estudantes.

 

Programas de estágio em SC

 

Em Santa Catarina, o incentivo à prática de estágio responsável, realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi IEL/SC, tem trazido resultados positivos para os estudantes e, principalmente, para as empresas. A Tupy, indústria de fundição com sede em Joinville, é uma das companhias que se beneficia da prática para recrutar talentos.

"Durante o período de estágio é possível conhecer o profissional, desenvolvê-lo e depois contratá-lo.

 

Anualmente a Tupy possui cerca de 100 estagiários, sendo que 30% deles são efetivados", declarou o gerente de recursos humanos, João Paulo Schmalz. O programa de estágio da Tupy conquistou em 2010 o 1º lugar na categoria grande porte no Prêmio IEL Melhores Práticas de Estágio, tanto em âmbito estadual como nacional.

 

Na Rigesa, fábrica de celulose e papel em Três Barras, o estágio renovou as energias. "Os estudantes trazem um espírito inovador, oxigenam as ideias, além de estreitarem a relação da empresa com as instituições de ensino. Isso é muito positivo porque mantém nossos profissionais em contato com os pensamentos das universidades", garantiu o diretor industrial da empresa, Aliomar Schmelzer.

 

O estágio também permitiu a formação de um amplo banco de talentos para suportar a aceleração do processo produtivo e o crescimento sustentável da empresa. A Rigesa conquistou em 2010 o 2º lugar na categoria médio porte no Prêmio Catarinense IEL Melhores Práticas de Estágio e foi selecionada para participar da etapa nacional da premiação, na qual conquistou o 1º lugar em sua categoria.

 

A Raumak Máquinas, de Jaraguá do Sul, empresa que ganhou o 1º lugar na categoria micro/pequeno porte no prêmio catarinense de estágio 2010, acredita que "os novos profissionais estão mais preparados tecnicamente e com isso ajudam as empresas a serem mais competitivas neste mercado globalizado que o Brasil está inserido", destacou o diretor presidente da indústria, Raulino Kreis Junior.

 

Além de beneficiar as empresas, o estágio é uma porta de entrada para o mercado de trabalho para os futuros profissionais. "Mesmo aqueles que não foram recrutados pela empresa em que faziam estágio, se colocam no mercado com alguma experiência", acrescentou a consultora de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos da Tupy, Maria Regina de Souza.

 

Para Ricardo Romeiro, é necessário também que os estudantes percebam a importância do estágio como o início da vida profissional e uma atividade essencial para desenvolver as competências comportamentais e técnicas exigidas pelas empresas. "O índice de desemprego entre jovens no Brasil chega a 25%. Desta forma a corrida para encontrar uma vaga no mercado de trabalho é grande e só os bons irão sobreviver", afirma.

 


 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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