A presidente Dilma Rousseff tem até o fim do mês de agosto para enviar mensagem ao Congresso Nacional contendo o plano plurianual (PPA) das ações governamentais para os próximos quatro anos. A definição de valores do PPA 2012-2015, estabelecidos por macrodesafios, servirá de base para os orçamentos anuais de todos os setores em que há investimento governamental.
Recentemente, os pesquisadores obtiveram uma vitória no ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que definiu a ciência, a tecnologia e a inovação (C, T & I) como macrodesafios. O sinal do governo ainda não foi suficiente. A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, em entrevista à Agência Brasil disse que "a ciência chora recursos" e que aguarda a confirmação, por escrito, de que C, T & I terão realmente status e recursos elevados.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva mostrou-se "apreensivo" quanto à definição orçamentária: "há sinais do Ministério do Planejamento que pode se repetir no ano que vem o orçamento deste ano. Não o orçamento integral, mas o limite de empenho do orçamento."
Glaucius Oliva e Helena Nader temem que o governo se contente com os valores estabelecidos após o corte de cerca de 25% determinado em fevereiro. A projeção do CNPq é que, depois da "tesourada", o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico caia dos R$ 677,6 milhões gastos em 2010 para cerca de R$ 450 milhões até o fim deste ano. O fundo, que fomenta a pesquisa em áreas estratégicas, é formado com o recurso da taxação às empresas que são intensivas na importação de tecnologia.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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