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Redução da pobreza também tem raízes no agronegócio, diz pesquisa

04/08/2011 – Queda de preços ocorreu pelo aumento da produção, gerado pela aquisição de novas tecnologias.

O agronegócio brasileiro, nos últimos 15 anos, aumentou sua produção e cresceu mais do que o PIB do País, permitindo que se expandissem o consumo interno e a exportação de seus produtos. Analisando esse contexto, devido à queda de preços dos produtos agropecuários, a sociedade absorveu, entre os anos de 1995 à 2009, uma renda - R$ 837 bilhões - do agronegócio, principalmente do setor pecuarista e dos segmento primário e industrial da agricultura.

Os dados são da pesquisa "Transferências Interna e Externa de Renda do Agronegócio Brasileiro", desenvolvida no programa de Pós-graduação em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), por Adriana Ferreira Silva.

"Essa queda de preços se dá devido ao aumento da produção, gerado pela aquisição de novas tecnologias. Isso significa que a renda perdida pelo agronegócio não afetou sua sustentação. Além disso, o fato da produção apresentar crescimento nesse cenário é um indicador de que as quedas de preço não representaram perda total da rentabilidade das novas tecnologias", explica Adriana.

Outros motivos

Adriana expõe ainda outro motivo para a queda dos preços no País: o avanço da tecnologia e o aumento da produção em escala internacional. "Aliados ao protecionismo dos países mais desenvolvidos, eles geraram uma baixa dos preços em grandes proporções. Ou seja, o desempenho do Brasil não se deu de forma isolada, ele apenas ajustou seus custos ao movimento dos demais países", afirma.

O trabalho conclui que a redução dos preços reais dos produtos agropecuários foi fator primordial na capacidade do poder aquisitivo dos consumidores, em especial, para as famílias de baixa renda - nas quais grande parcela da renda é despendida em alimentos. Ou seja, a redução da concentração de renda e da pobreza no Brasil também teve suas raízes no agronegócio.

Por outro lado, há que se garantir que os preços pagos aos produtores remunerem seus esforços, para que desestímulos à produção de alimentos não surjam, o que, em períodos futuros, possa refletir em redução da oferta e consequente elevação dos preços.

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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