O estudo “Indicadores de Sustentabilidade no Desenvolvimento Imobiliário Urbano”, fruto da parceria do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) com a Fundação Dom Cabral, foi apresentado ao público na segunda-feira, 8/8, durante um seminário na sede do Sindicato, e já se encontra disponível para download gratuito no portal da entidade (www.secovi.com.br), mediante cadastro.
Segundo o vice-presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, o estudo se constitui em uma ferramenta importante, oferecida à comunidade imobiliária e às autoridades, tanto para induzir práticas sustentáveis, como para mensurá-las e, dessa forma, avaliar eficiências ou ineficiências do processo, provocando medidas corretivas. E fez um alerta quanto ao futuro das cidades: “Temos de nos debruçar para valer sobre essa questão se realmente quisermos viver e deixar que as próximas gerações vivam em condições adequadas, em termos ambientais, econômicos e sociais.”
O trabalho foi idealizado e conduzido por meio da vice-presidência de Sustentabilidade do Sindicato. “Nosso maior objetivo é oferecer instrumentos para que possamos operar a sustentabilidade em nossos negócios, incorporando suas premissas no dia a dia de nossas empresas”, afirmou Ciro Scopel, vice-presidente da área.
De acordo com ele, o conjunto de parâmetros e indicadores constitui uma plataforma de conhecimento suficiente para orientar a todos quanto ao que é preciso considerar para que se possa orientar as atividades imobiliárias e o desenvolvimento das cidades. “Iniciamos hoje uma nova jornada. Um processo de informação e de aculturamento indispensável às mudanças que precisamos promover em nossas empresas, em nossas cidades, enfim, em nossas vidas.”
Os Indicadores foram apresentados pelo arquiteto e urbanista Carlos Leite, que liderou o estudo pela Fundação Dom Cabral. Ele lembrou que a ideia da realização do trabalho surgiu há um ano e o estudo levou cerca de oito meses para ficar pronto. Os 174 indicadores foram identificados dentro de nove grandes temas: construção e infraestrutura sustentáveis, governança, mobilidade, moradia, oportunidades, planejamento e ordenamento territorial, questões ambientais, segurança e serviços e equipamentos. Desta base foi extraída uma síntese, com 62 itens, que se convertem em recomendações aos setores privado e público para a promoção de cidades mais sustentáveis no Brasil.
“O estudo incluiu pesquisa dentro e fora do País para saber quem já está falando ou fazendo algo a respeito. Não adianta ter empreendimentos sustentáveis sem olhar para o todo, para o entorno”, disse. A equipe pesquisou as instituições mais próximas do mercado para obter algo que atendesse à demanda urbana. Os resultados, segundo ele, oferecem pelo menos duas oportunidades: pautar o debate junto à sociedade civil organizada e possibilitar que toda a cadeia imobiliária se utilize dos indicadores.
O trabalho tem como meta sair da cidade atual para a cidade sustentável, por meio da atuação pública corporativa e da sociedade civil organizada. “O trabalho é pioneiro e o Secovi se lança nessa empreitada a exemplo de duas ou três instituições internacionais. Algumas ações podem ser adotadas de imediato, mas é fundamental pautar os desafios”, concluiu Leite.
Participaram dos debates do seminário Aron Zylberman, assessor de Responsabilidade Socioambiental da Cyrela Brazil Realty; Newton Figueiredo, presidente do Grupo SustentaX e do Comitê de Sustentabilidade da Fiabci/Brasil; Rafael Tello, coordenador técnico do Centro de Desenvolvimento da Sustentabilidade na Construção da Fundação Dom Cabral; e Roberto de Souza, diretor-presidente do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE).
Autor: Secovi - SP
Fonte: Secovi - SP
Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.