Medida, que precisa ser aprovada pelo Congresso, representará R$ 4,8 bilhões em renúncia fiscal. Os limites de faturamento para micro e pequenas empresas poderem se enquadrar no Super Simples terão aumento de 50%. O governo enviou ontem ao Congresso um substitutivo ao projeto que reajusta os valores.
O texto atualiza a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que foi criada em 2007. A proposta é revisar para cima todas as faixas de empresas que podem aderir ao modelo tributário.
Novos limites
Classificação da empresa por faturamento anual
Alíquota de 4%
-Teto antigo: R$ 120 mil
-Teto novo: R$ 180 mil
Alíquota de 9,12%
-Teto antigo: R$ 1,2 milhão
-Teto novo: R$ 1,8 milhão
Alíquota de 11,61%
-Teto antigo: R$ 2,4 milhão
-Teto novo: R$ 3,6 milhão
Microempreendedor
-Teto antigo: R$ 36 mil
-Teto novo: R$ 60 mil
A renúncia fiscal do governo federal com as mudanças será de R$ 4,840 bilhões por ano. Esse montante envolve R$ 4,420 bilhões no Simples e mais R$ 420 milhões no caso dos Empreendedores Individuais.
Outra inovação do projeto é a abertura da possibilidade das micro e pequenas empresas poderem parcelar os seus débitos com o governo.
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os empresários poderão parcelar em até 60 meses o valor dos débitos acumulados. Essa possibilidade não estava prevista na lei anterior.
O governo também vai dar mais incentivos às pequenas empresas que realizam exportação. Segundo Mantega, aquelas companhias que têm faturamento de R$ 3,6 milhões no mercado interno poderão ter o mesmo faturamento com exportações.
"Nós temos trabalhado no sentido de facilitar a vida do empresário, de modo que ele possa sobreviver e se formalizar. É muito importante a expansão da pequena empresa porque ela ajuda a fomentar a concorrência" - explica o ministro.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina, Sergio Medeiros, elogiou a iniciativa do governo.
"É um alívio para o pequeno empreendedor e uma ação positiva para o próprio governo, pois esta medida favorece a formalização e, consequentemente, a arrecadação de impostos" - avalia.
Ele ressalta a importância do Sebrae e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) na condução do processo.
Para o vice-presidente da FCDL-SC, José Raulino Esbiteskoski, que esteve em Brasília acompanhando a reunião com a presidente Dilma Rousseff, a medida irá incentivar a abertura de novos negócios.
A expectativa do presidente da frente parlamentar mista das micro e pequenas empresas, deputado Pepe Vargas (PT-RS), que participou das negociações, é de que a correção dos limites seja aprovada pelo Congresso Nacional até setembro.
Autor: Diário Catarinense
Fonte: Sebrae
Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.