A indústria da construção civil expandiu seu nível de atividade em dezembro. Apesar de a expansão ter sido mais moderada que nos meses anteriores, o último indicador de 2010 confirma o bom momento da indústria. As informações são da Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta segunda-feira (31).
Esse desempenho se refletiu sobre o emprego e resultado financeiro das empresas. No quarto trimestre o número de empregados foi superior ao trimestre anterior. A margem de lucro e a situação financeira foram consideradas mais que satisfatórias, trazendo um ambiente positivo e promissor para a construção civil.
Contudo, nem todas as empresas compartilham dessa posição. A expansão se deu prioritariamente pelas grandes empresas e pelo setor Construção de edifícios. As pequenas empresas e o setor Obras de infraestrutura registraram queda na atividade na comparação com novembro.
Para o primeiro semestre de 2011, a percepção dos empresários é de que seja prolongado o bom momento em que a indústria se encontra. Os indicadores de expectativa para os próximos seis meses mostram otimismo, ainda que em menor intensidade que o observado em janeiro do ano passado.
Motivos
A expansão da construção civil foi reflexo direto da situação econômica do país, segundo a Sondagem. O crescimento do PIB em 2010 será o maior da década. O mercado de trabalho em expansão, com redução do desemprego e crescimento do emprego formal, garantem a demanda por imóveis, além de trazer a inclusão desses empregados ao Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A facilidade no crédito habitacional reduz a inadimplência e promove a expansão da oferta de imóveis pelo setor Construção de edifícios.
O aumento na procura da casa própria promoveu a urbanização de áreas antes pouco povoadas ou sem estrutura. Essa situação demandou um conjunto de obras públicas que, aliado à demanda relacionada aos eventos esportivos de 2014 e 2016, promovem o setor Obras de infraestrutura. Os Serviços especializados acabam sendo beneficiados pelo bom desempenho dos outros dois setores.
Se em outubro de 2010 observou-se uma queda no otimismo dos empresários do setor, essa queda não se consolidou como uma tendência. Os indicadores de expectativa mantiveram-se relativamente iguais nos três meses seguintes, mostrando que os empresários estão confiantes na continuidade do crescimento do segmento.
Otimismo
Os indicadores de expectativa com relação à atividade e novos investimentos em janeiro de 2011 são menores que os apurados um ano atrás. No caso das expectativas quanto ao nível de atividade, por exemplo, o indicador caiu 8,7 pontos: de 70,6 pontos em janeiro de 2010 para 61,9 pontos em janeiro de 2011.
A principal dificuldade à manutenção do crescimento, na visão do empresário, é a falta de trabalhador qualificado. Enquanto o item elevada carga tributária perde importância (seu percentual recuou nos dois últimos trimestres, mas mantém-se em segundo lugar), a falta de trabalhador qualificado foi assinalada por 68,4% das empresas. No caso das grandes empresas esse percentual sobe para 85,4%.
A Sondagem mostra, ainda, que eles consideram a margem de lucro operacional de suas empresas mais que satisfatória, e acham que o acesso ao crédito foi considerado normal pelos empresários.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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