Enquanto o financiamento imobiliário bate recordes ano a ano – no primeiro semestre de 2011, de acordo com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), foram financiados 236,5 mil imóveis, com financiamentos da ordem de R$ 37 bilhões –, as famílias vão às compras para mobiliar a casa nova. A demanda maior refletiu em um aumento de 5,1 % na produção industrial no primeiro trimestre, frente ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No confronto mês a mês, a produção de artigos de mobiliário em junho de 2011 teve acréscimo de 24,5% sobre mesmo mês do ano anterior e os eletrodomésticos da linha branca, que incluem refrigeradores e máquinas de lavar, incremento de 0,8% na produção industrial.
Especialistas acreditam que o aumento do crédito imobiliário alavanca a venda de bens de consumo duráveis, já que uma família padrão gasta, em média, 20% do valor do imóvel na hora de mobiliar a casa. Por parte de quem consome, a classe C, que antes sonhava com a casa própria, hoje é responsável por gastos de R$ 20,1 bilhões, de um total estimado em R$ 45 bilhões, com eletrodomésticos e eletrônicos.
A explicação para o mercado aquecido é o aumento da renda e do emprego, que nos últimos anos fortaleceu o poder aquisitivo do brasileiro, principalmente dessa classe. Com o mesmo viés, políticas públicas, a exemplo do Bolsa-Família, permitiram a inclusão das classes D e E no mercado de consumo. Juntas, as três classes respondem por dois terços do consumo das famílias, segundo pesquisas do Data Popular, de 2010.
Autor: Secovi Rio
Fonte: Secovi Rio
Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.