Os brasileiros estão fazendo mais refeições fora de casa. De 2002 a 2011, os gastos em estabelecimentos alimentícios saíram de R$ 59,1 bilhões para R$ 121, 4 bilhões, um crescimento de 200%. Incentivada pela ampliação do mercado de trabalho, a classe C é a uma das responsáveis por esse aumento. Ela responde hoje por mais da metade do total de pessoas que dizem se alimentar em restaurantes, bares e lanchonetes. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular no segundo trimestre deste ano, com mais de 18 mil pessoas de 26 estados.
A classe C representa 54,6% do total de brasileiros que costumam comer fora de casa. Dentro da própria classe, 65,1% apresentam o mesmo hábito. Segundo a pesquisa, os integrantes deste grupo também são os que mais pedem comida por serviço de tele-entrega: oito em cada dez brasileiros que têm esse costume são de classes emergentes.
Lazer
De acordo com os dados levantados pela pesquisa, a maioria das pessoas incluídas em cada uma das classes sociais encara o fato de jantar fora de casa como uma opção de lazer e distração. Entre a população das classes A e B que jantam em restaurantes , 56,4% dizem que veem a refeição como uma opção de lazer. O mesmo acontece na classe C do Nordeste (46,1%) e na classe D e E (42,9%).
Mais gastos
Não foram apenas os gastos com refeições que aumentaram nos últimos nove anos. As despesas com alimentação, em geral, cresceram 120%, passando de R$ 305 bilhões para R$ 372 bilhões. Considerando a inflação, de 2002 até 2011, as famílias passaram a reservar 23% a mais de recursos para comprar alimentos. Mesmo assim, os gastos com comida perderam força em relação as demais despesas familiares. Se há nove anos, a alimentação representava 22,9% do total de gastos, hoje representa apenas 16%.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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