Para algumas pessoas a moda é gasto, para outras é investimento. Seja no mercado de trabalho, seja no dia a dia, uma boa aparência é fundamental. Além disso, o mercado têxtil cresce em todo o mundo. Segundo estimativa do Ibope Inteligência, o potencial brasileiro para o consumo de moda é de R$ 136 bilhões em 2011.
A pesquisa revela ainda que a maior parte – R$ 95 bilhões – é representada pela moda feminina, masculina e infantil. Os R$ 40,6 bilhões restantes devem ser gastos em calçados e acessórios. Os estados do Sul devem movimentar R$ 22,1 bilhões em 2011 (consumo potencial per capita de R$ 799). Esse resultado fica atrás apenas do Sudeste, onde o consumo é estimado em R$ 73 bilhões (per capita de R$ 899).
Durante o maior evento de moda de Santa Catarina, o 17° Donna Fashion DC Iguatemi, orçado em R$ 1,5 milhão, os amigos designers Felipe Martins e Joelson Bugila ficaram observando as tendências para os próximos meses.
Ambos vieram ao evento porque a profissão deles exige uma boa aparência. Entretanto, os dois têm um perfil de consumo diferente. Martins compra pouco, mas quando faz gosta de investir. Já Bugila, se apresenta como consumidor compulsivo de lojas econômicas (Fast Fashion). “É possível estar bem vestido gastando no máximo R$ 200. Gosto bastante de marcas como Zara, Renner, Riachuelo que, apesar de mais baratas, trabalham com estilistas renomados”, opina Bugila.
A vendedora Giovana Duminele acredita que comprar boas roupas é um investimento. “A roupa valoriza a nossa personalidade e melhora a auto-estima. Isso não tem preço”, exclama Duminele, que afirmou já ter se arrependido algumas vezes de compras feitas por impulso.
Já atriz Fernanda Souza, convidada da marca Mandi&Co para assistir o desfile, revelou que gosta mais de fazer compras no exterior porque é mais barato e por se sentir mais a vontade. "Sempre quando eu vou viajar, levo na mala apenas três mudas de roupa. Costumo escolher uma loja, que tenha o meu estilo, e comprar tudo nela" conta.
Classe C consome R$ 52,4 bilhões
Segundo o Ibope, o potencial de consumo de moda da classe A (2,5% dos domicílios brasileiros) é de R$ 18,1 bilhões (13,3% do mercado). A classe B (23,5% dos domicílios) tem potencial de consumo de R$ 56,3 bilhões (41,5% do mercado). Entre a classe C (50,4% dos lares), o potencial de compras é estimado em R$ 52,4 bilhões (38,6%).
Além de consumidores de moda, os empresários do setor também visitaram o evento. Das 15 marcas que desfilam, duas são catarinenses. A Colcci, do grupo AMC Têxtil de Brusque, e a Damyller, fundada em Criciúma 1979, cuja consultora de moda da Damyller afirmou que nos próximo anos quer focar na expansão nacional da marca.
“É muito importante participar de eventos como esse para valorizar a moda local e exibir os nossos produtos. Santa Catarina é uma grande pólo e precisamos fortalecer ainda mais esse setor”, declara a empresária Damylla Damiani.
Referência
Segundo os organizadores, o Donna Fashion vem se consolidando nos últimos anos como o principal evento do setor no Estado "Temos uma equipe afinada, uma produção impecável, palestras instigantes e um line up muito forte", comenta Luciana Luz, Diretora Comercial do Diário Catarinense. Para o Gerente Geral do Iguatemi, Aléssio Bergonzi, "Quem gosta de moda não pode perder"
O evento segue até o dia 27 de agosto no Shopping Iguatemi na Capital.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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