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Burocracia, falta de mão de obra e infraestrutura atrapalham competitividade

08/09/2011 – Apesar de ter subido cinco posições e estar ocupando o 53º lugar no ranking geral do Relatório Global de Competitividade 2011-2012...

 Apesar de ter subido cinco posições e estar ocupando o 53º lugar no ranking geral do Relatório Global de Competitividade 2011-2012, a burocracia, a falta de mão de obra especializada e problemas de infraestrutura ainda impedem o Brasil de alcançar um lugar mais alto entre os países mais competitivos do mundo.

 

O diretor presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Erik Camarano, entidade que ajudou a fazer o ranking do Fórum Econômico Mundial no Brasil, disse hoje (7) à Agência Brasil que o resultado deste ano foi muito positivo para o país, mas lembrou que o governo ainda precisa investir muito em infraestrutura e diminuir a corrupção e a burocracia para se tornar mais competitivo e atrair um volume maior de investimentos.

 

Segundo Caramano, exceto a telefonia fixa e telefonia celular, o País o piorou na avaliação na infraestrutura do ano passado para cá. "Especialmente de transportes, mostraram uma piora no ranking. Isso reforça a importância do investimento em infraestrutura para garantir que ela não seja um gargalo."

 

De acordo com o diretor, apesar dos investimentos em infraestrutura em função do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do pré-sal e de eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, o ritmo desse processo ainda é lento. Ele também destacou dois complicadores: o valor do frete, o dobro do valor dos Estados Unidos, e a alta concentração do modal rodoviário. "A matriz de transporte brasileira tem quase 60% em rodovias. Isso tem custo ambiental, de asfaltamento e de conservação altos, e a mudança desse modal só vai ocorrer quando conseguirmos investir nos outros segmentos e investir em intermodalidade, ou seja, investir em polos que possam fazer essa integração de cargas", declarou.

 

Avaliação

 

Entre os itens mais bem avaliados da economia brasileira no ranking estão o tamanho do mercado consumidor (oitavo no específico), segurança dos bancos (16º) e disponibilidade de serviços financeiros (25º). Camarano avalia que em vários quesitos há avanço, e não existe nenhuma questão em relação à condução da economia brasileira. "Estamos na direção correta, temos a garantia da estabilidade de preços e da inclusão social. Foi uma estratégia consistente do ponto de vista macro."

 

Atualmente existe uma discussão quanto à velocidade desse crescimento. "Para fazermos o salto e pegarmos alguns atalhos para sermos mais rápidos, precisamos investir naqueles fatores que geram um ambiente mais inovador e competitivo para o País."

 

Burocracia

 

Além dos problemas em infraestrutura, Camarano também ressaltou como aspectos negativos a burocracia para abertura e fechamento de empresas no país e para a concessão alvarás de funcionamento e o aparecimento, pela primeira vez no ranking, da questão da falta de profissionais nas áreas de engenharia e de ciências aplicadas. "Hoje, no Brasil, estamos formando cerca de 5% ou 6% do universo de estudantes que saem dessas áreas, enquanto que a China tem 25% de estudantes saindo de engenharia".

 

Os resultados do relatório indicam ainda que a competitividade nas economias desenvolvidas se manteve estagnada nos últimos sete anos e melhorou em muitos mercados emergentes. Entre o Brics (grupo formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul), a China continua na liderança, subindo um posto e ocupando a 26ª posição. "A China tem consistentemente, ano após ano, melhorado a posição no ranking e a nota de competitividade." Em seguida aparecem a África do Sul (50ª), o Brasil (53ª), a Índia (56ª) e Rússia (66ª).

 

Europa e EUA

 

A primeira posição do ranking geral continua ocupada pela Suíça, seguida por Cingapura, Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, Noruega, Dinamarca, Japão e Reino Unido. A queda no ranking de países como a Alemanha (perdeu uma posição), França ( três posições, ocupando agora o 18º lugar) e Grécia (que teve queda expressiva e passou a ocupar a 90º lugar) demonstram, a dificuldade que eles têm em dar "uma resposta rápida e consistente do ponto de vista de política pública".

 

Quanto aos Estados Unidos, que passou de quarto para quinto lugar, Camarano disse que o problema tem relação com a lenta recuperação econômica. "A preocupação no governo americano é mais com a lentidão de resposta e a dificuldade de articulação entre a Casa Branca e o Congresso para o desenho de uma política consistente a fim de atacar o déficit público", conclui.

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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