Entre 2000 e 2008, o Brasil foi o país que mais aumentou os gastos por alunos do ensino fundamental e médio. O dado consta no relatório divulgado nesta terça-feira (13) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A alta, de 121%, é a maior entre os 30 países que disponibilizaram informações para a entidade.
Queda no ensino superior
Já o aumento de 48% nos gastos registrados na educação superior não foi suficiente para acompanhar o crescimento do número de alunos, que foi de 57%. Com isso, o gasto por estudante nessa fase de ensino caiu 6%.
O estudo acrescenta que, em termos de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil é o que apresentou maior alta (1,8 ponto percentual) nos gastos com instituições educacionais, entre os 32 países que apresentaram dados, passando de 3,5% para 5,3%. Mesmo assim, o país ainda está situado em um patamar inferior à média da OCDE, que é 5,9%.
Priorizar a educação
Na avaliação da Organização, os números indicam que o Brasil tem priorizado a educação, "com significativas mudanças no financiamento público", tendo por base a comparação entre o gasto público em educação e o total do gasto público.
O maior aumento percentual em gastos no orçamento público foi com educação, que cresceu de 10,5%, em 2000, para 17,4%, em 2008. De acordo com a entidade, esta é a terceira maior proporção registrada.
Entre os reflexos desse investimento, está o aumento do número de estudantes na educação secundária (ensino fundamental e ensino médio). Atualmente, mais de 90% dos alunos brasileiros passam pelo menos nove anos na educação formal - um ano a mais na comparação de 2000 a 2007.
Ensino Médio
O relatório informa ainda que 8,6% das pessoas entre 30 e 39 anos estão matriculadas em alguma instituição educacional - percentual que está acima da média da OCDE (6,2%). Entre os brasileiros com mais de 40 anos, o percentual é 2,5% - a média registrada nos países que participaram da pesquisa é 1,5%.
A pesquisa aponta também aumento no percentual de pessoas que completaram o ensino médio. Em 2007, 63% das pessoas entre 25 e 64 anos não haviam completado o segundo ciclo da educação secundária, contra 27% que completaram.
Em três anos, a proporção de adultos que não completou o ensino médio caiu para 59% e a proporção dos que concluíram subiu para 30%. Mesmo assim, o percentual de pessoas que concluíram esse nível está abaixo da média dos países da Organização, que é de 44%.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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