A expansão de 40% no comércio online verificado no Natal de 2010, frente ao mesmo período de 2009, encontrou empresas do varejo e de logística despreparadas para atender a demanda. Para este ano, a projeção da consultoria e-bit é que as vendas cresçam até 30% no período de 15 de novembro e 24 de dezembro. Já os varejistas ultrapassam essa taxa, pois esperam crescer até 60%.
Para não voltar a desapontar os consumidores, varejistas e transportadoras estão investindo em centros de distribuição (CD), mão de obra, tecnologia e frota. O ritmo acelerado está demandando mais investimentos em logística.
O Walmart projeta um aumento de vendas no e-commerce entre 50% e 60% neste Natal em relação ao anterior. A varejista decidiu dobrar a capacidade de armazenagem em relação ao primeiro semestre, chegando a 50 mil m2. "Se você faz um planejamento errado do espaço de armazenagem, o CD fica abarrotado e muito menos produtivo. Torna-se mais difícil achar a mercadoria e colocá-la no prazo", diz Flávio Dias, diretor de e-commerce do Walmart.
A companhia também analisou o desempenho das transportadoras parceiras, o que resultou no descredenciamento de algumas e no credenciamento de outras. Agora, elas totalizam 20, frente às 16 que prestaram serviço à varejista em 2010. Na ocasião, o Walmart precisou contratar transporte por conta própria para amenizar os problemas de atraso, mas a mercadoria acabou ficando parada por alguns dias no centro de distribuição da transportadora, ocasionando outro tipo de atraso.
"Em comparação à dezembro do ano passado, temos uma capacidade instalada bastante superior", informa, em nota, Leonardo Gasparin, diretor de operações da Nova Pontocom (empresa do grupo Pão de Açucar que reúne as operações online do Extra, das Casas Bahia e do Ponto Frio), que não detalha o crescimento alcançado.
Frente aos entraves logísticos no Natal passado, muitas empresas optaram pela transparência com o consumidor. A Nova Pontocom comunicou aos seus clientes no dia 17 de dezembro que as entregas corriam o risco de não chegarem até a data combinada.
Além do planejamento precário por parte das empresas, outro "problema" no Natal de 2010 foi a nota fiscal eletrônica, cuja implementação se tornou obrigatória na época e foi deixada para a última hora por muitas empresas - algo que não deve atrapalhar as varejistas neste ano.
Autor: Valor Econômico
Fonte: FCDL-SC
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