Santa Catarina é o Estado com a maior expectativa de vida do Brasil, tem também o maior Produto Interno Bruto Industrial per capita. O PIB catarinense é o sexto do Brasil, registrando, em 2008, R$ 123,3 bilhões.
O setor secundário participa com 34,4%, o terciário com 57,5% e o primário com 8,0%. Dentro do setor secundário, a participação da indústria de transformação é de 23,3% e a da construção civil é de 5,1%. Os dados estão na 21º edição da publicação Santa Catarina em Dados 2011 compilado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Qualidade de Vida
De acordo com o levantamento, a expectativa de vida das mulheres catarinenses é de 79,1 anos enquanto que a dos homens é de 72,6 anos, uma diferença de de 6,5 anos. No geral, o brasileiro vive em média 73,1 anos, onde as mulheres vivem 7,6 anos a mais.
De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais 2010 do IBGE, analisados pela publicação, ao nascer em Santa Catarina, a expectativa de vida é de 75,8 anos. Valor que empata com o do Distrito Federal e registrando uma das melhores taxa de expectativas do País. As unidades de federação mais bem colocadas, depois de Santa Catarina e Distrito Federal estão Rio Grande do Sul (75,5 anos), Minas Gerais (75,1), São Paulo (74,8) e Paraná (74,7).
Apesar das desigualdades regionais, na última década houve um crescimento da expectativa de vida do brasileiro, que saltou de 70 anos em 1999 para 73,1 anos em 2009. Em Santa Catarina a expectativa de vida passou de 73,2 anos em 1999 para 75,8 dez anos depois.
Falta de infraestrutura
Em Santa Catarina, 99% dos quase dois milhões de domicílios têm abastecimento de água, 99,5% possuem energia elétrica, 90,70% contam com telefone e 99,64% possuem esgoto sanitário. O grande problema é a falta de rede coletora deste esgoto, que ainda apresenta números precários: apenas 24,80% das casas têm um sistema de coleta. Ainda segundo o estudo, 47,41% dos lares do Estado possuem computador e 36,53% têm acesso à internet.
Tributos
Apesar da falta de serviços básicos, como a tratamento de esgoto, a arrecadação de ICMS por setor de atividade econômica em 2010 registrou o segundo maior crescimento do País e gerou mais de R$ 10 bilhões, vindos da Indústria de Transformação (26,4%), Comércio (47,7%), Serviços (25,5%) e Agropecuária (0,4%).
Os setores e atividades que mais arrecadaram foram os combustíveis, energia e gás, telecomunicações, alimentação, farmacoquímicos e bebidas. As regiões que mais contribuíram foram a Grande Florianópolis (32,99%), o Vale do Itajaí (23,93%) e o Norte catarinense (23,97%).
Entre os principais municípios catarinenses em arrecadação estão Florianópolis, São Francisco do Sul, Itajaí, Joinville e Blumenau. A Capital concentra toda a arrecadação das telecomunicações e da Celesc, originária de outros municípios. Desconsiderando esse fator, a Capital passa a ser a quinta colocada na participação.
Somado a outras taxas como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) e ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), o montante arrecadado pelo Estado chega a R$ 12 bilhões. Os municípios que receberam a maior parte do repasse foram Joinville, Itajaí, Blumenau, Jaraguá do Sul e Florianópolis.
Indústria & Trabalho
Santa Catarina possui um importante parque industrial, ocupando posição de destaque no Brasil. A indústria de transformação catarinense é a quarta do País em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores . Só em 2010, foram 736 mil pessoas que tiveram carteira assinada. Os segmentos de artigos do vestuário e alimentar são os que mais contratam, seguindo-se dos artigos têxteis. Juntos, alcançam o segundo maior polo empregador destes setores no Brasil.
A economia industrial é caracterizada pela concentração em diversos polos, o que confere ao Estado padrões de desenvolvimento equilibrado entre as regiões: cerâmico, carvão, vestuário e descartáveis plásticos no Sul; alimentar e móveis no Oeste; têxtil, vestuário, naval e cristal no Vale do Itajaí; metalurgia, máquinas e equipamentos, material elétrico, autopeças, plástico, confecções e mobiliário no Norte; madeireiro na região Serrana e tecnológico na Capital.
Embora haja essa concentração por região, muitos municípios estão desenvolvendo vocações diferenciadas, fortalecendo vários segmentos de atividade. A indústria de base tecnológica, além de estar presente na Grande Florianópolis, também se destaca em Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville.
No Estado estão situadas importantes indústrias, algumas com destaque na América Latina e outras no mundo. Santa Catarina é líder na América Latina em produção de elementos de fixação (parafusos, porcas), peças/componentes para bicicletas, tubos e conexões de plástico, etiquetas tecidas, camisetas de malha, blocos e cabeçotes para motor, compressores de ar a pistão, fitas elásticas e fitas rígidas e motores, geradores e transformadores elétricos.
Lideranças
Santa Catarina é líder nacional na fabricação de cerâmica para revestimento; eletroferragens galvanizadas a fogo para distribuição de energia elétrica, telefonia e tv a cabo; peças para trator (esteira, roletes, pino, bucha, roda motriz e roda guia), fornos elétricos, fogões de embutir e carrinhos de mão para construção civil.
O Estado conta com a maior empresa brasileira e a segunda do mundo na fabricação de camisetas de malha. É o maior fabricante de fios para tricô e crochê do País. Também lidera o mercado nacional e da América Latina no segmento de compressores de ar comprimido a pistão e é o maior exportador do Brasil de motocompressores herméticos.
A maior fundição independente do Brasil, da América Latina e a quinta em nível mundial, especializada na fabricação de produtos fundidos para a indústria automotiva também está localizada no parque industrial catarinense. Santa Catarina também se destaca na produção de móveis com predominância em madeira, sendo o maior exportador do Brasil. É pioneiro no País e na América Latina na fabricação de portas de madeira, onde atualmente é o maior exportador .
Carnes
Frango é o primeiro produto na pauta de exportação. A indústria alimentar é a segunda maior empregadora entre os segmentos industriais. Santa Catarina é líder nacional na produção de carne suína, com 22,9% do mercado nacional a quinta colocada nas exportações. Em 2010, foram produzidas 747 mil toneladas. O Estado também é líder no País em produção pesqueira (pesca extrativa e aqüicultura), com 207 mil toneladas no último ano.
Exportação e Importação
Principais municípios exportadores de SC em 2010 foram Itajaí, Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, São Francisco do Sul e Rio do Sul. Os principais países compradores de produtos catarinenses em 2009 e 2010 foram os Estados Unidos, a Holanda, a Argentina, o Japão e a Alemanha.
Já as importações catarinenses vêm da China, Chile, Argentina, e Estados Unidos. O saldo da Balança Comercial em 2010 está negativo em US$ 4,3 bilhões.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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