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Setores beneficiados pelo Plano Brasil Maior têm excesso de estoques

25/10/2011 – Um dos indicadores de que está havendo redução da produção industrial é o excesso de estoque de bens produzidos e ainda não vendidos no mercado, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Um dos indicadores de que está havendo redução da produção industrial é o excesso de estoque de bens produzidos e ainda não vendidos no mercado, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a Sondagem Industrial divulgada na manhã desta terça-feira (25), 19 dos 27 setores acompanhados apresentam nível de estoque maior do que o planejado pelo setor.

 

Entre os oito setores com maior excesso de estoque, conforme os empresários entrevistados durante a pesquisa, estão a indústria têxtil (2º lugar), a indústria de veículos automotores (3º lugar), a indústria de calçados (6º lugar) e a indústria moveleira (8º lugar). Os quatro setores foram beneficiados com desoneração de tributos pelo pacote de medidas do Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff no começo de agosto.

 

A indústria automobilística com instalações no país foi beneficiada, entre outras medidas, pelo aumento do imposto de importação sobre os carros estrangeiros (a decisão do governo foi suspensa pela Justiça) e as indústrias de confecções, calçados e móveis tiveram reduzido a zero a alíquota de 20% do INSS. A justificativa do governo é que esses setores são mais sensíveis ao real valorizado e à concorrência internacional, ou geram mais empregos, pois são intensivos em mão de obra. No caso da indústria automobilística, o negócio é estratégico por causa da cadeia produtiva que mobiliza.

 

Efeitos

 

A iniciativa, no entanto, ainda não encontrou ressonância nas expectativas dos empresários, como mostra a Sondagem Industrial. "O Brasil Maior ainda não deslanchou", avalia o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Para ele, a recente desvalorização do real e a diminuição dos juros também não surtiram efeito nas projeções dos empresários.

 

Segundo ele, a expectativa dos empresários é influenciada pelo aumento de concorrência nos mercados doméstico e internacional. "A demanda dos países desenvolvidos já está baixa e os países emergentes [como o Brasil] estão brigando por isso". Além disso, há o temor que a crise econômica internacional se agrave, os mercados estrangeiros restrinjam as compras, os preços caiam e aumente a pressão por importação no Brasil.

 

O aumento de importação é um mecanismo utilizado para diminuir a pressão inflacionária. A boa notícia é que a existência de grandes estoques na indústria "provavelmente", segundo Fonseca, vá ajudar na diminuição de preços dos produtos nacionais e reduzir a pressão inflacionária.

 

A manutenção do nível de estoque impede aumento da utilização da capacidade instalada da indústria que se mantém em 76% desde agosto. Desde dezembro do ano passado, a avaliação dos empresários é de "a indústria opera com utilização da capacidade abaixo do usual", conforme documento divulgado pela CNI.

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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