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Após mais de vinte cinco anos à frente do governo do Egito, o ditador Hosni Mubarak, 82 anos, renunciou ao poder na tarde desta sexta-feira. Durante mais de 15 dias o povo do Egito esteve nas ruas da capital Cairo para protestar contra o governo do ex-presidente.

Segundo a Agência Brasil, a Embaixada Egípcia no Brasil informou que não prestará esclarecimentos sobre a renúncia de Mubarak nem sobre como será o funcionamento do governo provisório.

Relações Comerciais

As relações comerciais entre o Brasil e o Egito afetam principalmente os estados de São Paulo e Paraná. Para Santa Catarina, entretanto, o cenário político após a queda de Mubarak pode também significar sinal de alerta para a indústria e comércio do estado. No último ano, o Egito foi o 24º destino das exportações catarinenses em uma lista com mais de 150 países, e é fornecedor de um item fundamental para muitos produtores têxteis do estado, o fio egípcio. No ranking nacional, Santa Catarina é o nono estado que o Egito mais exportou em 2010.

Segundo dados da Fiesc, Federação das Indústrias de Santa Catarina, somente no ano de 2010, foram mais de 34 toneladas de frango exportadas, além de mais de 1 tonelada de carne bovina, 3 toneladas de óleo de soja entre outros produtos catarinenses. O valor total de exportações entre Santa Catarina e Egito fechou em US$ 74.325.446 no ano de 2010.

Uma instabilidade no mercado de exportações para o país pode ser apenas provisória. Para Alexandre Paiva, da Milou Foods Brasil SA., os problemas acerca das exportações são circunstanciais. "Há uma atual escassez de alimentos no Egito por conta dos problemas políticos internos do país no momento. Muitas empresas deixaram de exportar para o país por medo de uma revolução, e há muitos alimentos parados nos portos. Porém, não acredito que isso venha a ser um problema perene, agora com uma possível estabilidade política, as relações com o Egito, que eram estáveis, podem ser rapidamente regularizadas" afirma.