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Instituto Cepa, da Epagri, divulga análises sobre as safras de arroz e trigo

27/10/2011 – Santa Catarina é responsável por 7,3% da produção de arroz do País.

Após a divulgação da estimativa da safra catarinense feita pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola - (Epagri/Cepa), o Portal Economia SC reproduz esta semana algumas análises complementares sobre os produtos da agricultura estadual. Nesta quarta-feira (26), abordamos as culturas de arroz e trigo.

 

Na quinta-feira (27), as culturas em destaque serão feijão, cebola e mandioca.

 

Arroz

por Luiz Marcelino Vieira

 

Segundo a Conab, a produção nacional de arroz safra 2010/11 foi de 13,6 milhões de toneladas (área plantada de 2,82 milhões de hectares). O Estado do Rio Grande do Sul é o principal produtor com 66% da produção, seguido por Santa Catarina, com 7,3% da produção, (IBGE, set/2011).

 

O consumo nacional é estimado em 12.800 mil toneladas, as exportações em 1.300 mil toneladas e as importações em 500 mil toneladas (Conab, julho de 2011). A maior parte das importações de arroz do Brasil é proveniente de três países do Mercosul: Uruguai, Argentina e Paraguai. As exportações brasileiras (cerca de 80%) são destinadas, por ordem de importância, para a África do Sul, Nigéria, Senegal, Benin, Suíça, Gâmbia e Camarões.

 

Em Santa Catarina, na safra 2010/11, foram plantados 151,1 mil hectares e colhidas 980,5 mil toneladas, com rendimento médio obtido de 6.488 kg/ha (130 sacos/ha). Esse rendimento foi prejudicado por problemas climáticos, principalmente a falta de insolação, provocando uma queda de 6,3% em relação à safra anterior. (IBGE/Gcea-outubro-2011).

 

O produtor catarinense iniciou o ano de 2010, com o preço acima de R$ 30,00/sc de 50 quilos e terminou um pouco abaixo de R$ 27,00/sc 50 quilos. Em abril de 2011, já havia caído abaixo dos R$ 20,00/sc de 50 quilos, o preço mais baixo dos últimos 35 anos.

 

Ações governamentais

 

Diante do quadro de preços aviltados, o governo realizou diversas ações de apoio ao produtor com vistas ao aumento da cotação do cereal nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, intensificando os leilões para o Prêmio de Escoamento de Produto e de contratos de opções pública e privada.

 

Essas medidas exerceram um efeito positivo nos preços do produto e, atualmente, no Rio Grande do Sul, o preço ao produtor está, em média, em R$ 24,00/sc de 50 quilos. Em Santa Catarina, a recuperação nos preços foi menos significativa: está entre R$ 21,00 e R$ 22,40/sc de 50 quilos.

 

Para a safra nacional 2011/12, a Conab estima que a área de plantio deva ficar entre 2,742 e 2,804 milhões de hectares, contra 2,820 milhões de hectares semeados na safra anterior, e a produção entre 12,318 e 12,712 milhões de toneladas, com uma queda de 9,6% e 6,6%, em relação as 13,613 milhões de toneladas da safra 2010/11.

 

Para a safra catarinense, o IBGE-Gcea-SC (out/2011) sinaliza para uma área de 150,8 mil hectares (menos 0,24%), produção de 1,046 milhão de toneladas (mais 6,68%) e rendimento médio de 6.935 quilos por hectare (mais 6,94%), em relação a safra anterior.

 

O plantio da safra encontra-se em pleno andamento. Alguns municípios iniciaram a semeadura ainda no mês de agosto, enquanto em outros esse trabalho deve estender-se até meados de novembro. Já foram plantados 66% da área estadual, mas os percentuais variam conforme a região: o Litoral Norte Catarinense atinge 75%; o Litoral Sul Catarinense, 65%; Alto Vale, 45%; Grande Florianópolis, 65%.

 

Trigo

por Márcia Janice Freitas da Cunha Varaschin

 

A área catarinense plantada com trigo na safra 2011/12 é de 79,4 mil hectares; 9,2% abaixo dos 87,4 mil hectares da safra 2010/11. Como é esperada uma produtividade 2.658 kg/ha (menor do que a 2.758 kg/ha da safra passada) a produção deve cair ainda mais, -12,49%, atingindo 211 mil toneladas (ante 241,1 mil toneladas em 2010/11).

 

A principal razão para a queda na área plantada foram os baixos preços recebidos pelos produtores, que, em muitos casos, sequer cobriram os custos de produção. Esse baixo preço fez com que boa parte do cereal fosse vendida para o Governo Federal, já que os preços de mercado sequer alcançavam valores próximos ao mínimo oficial.

 

Expectativa boa

 

Atualmente, 60% das lavouras encontram-se em floração, ainda que algumas áreas plantadas mais cedo já estejam em maturação. O desenvolvimento das lavouras é considerado bom, apesar das chuvas que ocorreram em agosto e setembro, que fizeram com que se ampliassem as aplicações de defensivos, elevando consideravelmente o custo de produção, que já é considerado alto.

 

A expectativa dos produtores agora é de que haja uma melhora nos preços.

 

Com a Rússia voltando ao mercado, surge mais um fornecedor importante do cereal. Além disso, a oscilação da moeda americana nos últimos dias tem deixado os compradores cautelosos em relação a compras futuras e à realização de novos negócios.

 

Em Santa Catarina, o preço do cereal está variando de R$ 24,00 (Chapecó) a R$ 26,00 (Canoinhas e Joaçaba) a saca de 60kg. Há um mês esses preços eram R$ 25,00 (Chapecó), R$ 26,00 (Canoinhas) e R$ 27,00 (Joaçaba). E, há um ano, eram: R$ 25,50 (Chapecó) e R$ 26,00 (Canoinhas e Joaçaba).

 

Vale lembrar que a partir da próxima safra (julho/2012) entrarão em vigor os novos parâmetros para a classificação do trigo, considerados mais exigentes que os atuais. O trigo será classificado em três tipos, conforme o peso do hectolitro (ph), com limites máximos de tolerância de defeitos e em cinco classes: melhorador, pão, uso doméstico, básico ou outros usos. Assim, mais do que nunca, os produtores terão que avaliar se vale a pena continuar com a atividade, pois terão de fazer as devidas adaptações.

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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