O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro para acompanhar a evolução dos 5.564 municípios brasileiros e os resultados da gestão das prefeituras, apontou que Santa Catarina permanece no 4º lugar no ranking dos estados brasileiros, com índice de 0,7953, atrás apenas de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.
O Estado apresentou recuo de 0,9% entre 2008 e 2009. Ainda assim, o resultado é superior à marca alcançada na última edição do IFDM (0,7938), divulgada no ano passado com dados de 2007. Devido à crise mundial, Santa Catarina registrou, no índice de Emprego & Renda, queda de 7,4%, passando de 0,7719 para 0,7149 pontos em 2009. Na Saúde, houve crescimento de 1%; em Educação, o avanço foi de 3,4%.
Do total de 293 cidades catarinenses, 17 apresentaram alto desenvolvimento, sendo que Blumenau, Florianópolis, Brusque, Pomerode, Joinville e Chapecó figuram entre os cem maiores IFDMs do País. Devido ao forte recuo dos dois primeiros lugares de 2008 (Jaraguá do Sul e Águas de Chapecó, com quedas de 6,4% e 5,7%), fechando o índice 2009 em 11º e 12º, respectivamente, Blumenau (0,87) passou de 3º para 1º colocado, mesmo tendo registrado recuo do IFDM entre 2008 e 2009. Florianópolis, por sua vez, assumiu a segunda colocação (0,8679) seguido por Joinville (0,8327 pontos). Timbó (com 0,8366) e Guaramirim (0,8338) foram as novidades entre os maiores índices.
A maioria dos municípios catarinenses registrou crescimento em alguma vertente do IFDM, em 2009: 231 (78,8%) municípios avançaram em Educação, 165 (56,3%) em Emprego & Renda e 183 (62,5%) em Saúde. Registraram crescimento em todas as três áreas de desenvolvimento 82 (28%) municípios; em situação inversa, de queda nas três vertentes, apenas 12 municípios (4,1%).
IFDM
Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento - Emprego & Renda, Educação e Saúde -, baseado em dados declarados pelas próprias prefeituras ao Governo Federal. As estatísticas oficiais mais recentes são de 2009.
A pesquisa começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de ações políticas ou apenas o reflexo da queda de outra localidade. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo) para classificar o nível de cada município. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
Os impactos negativos da crise econômica mundial, que se concentraram principalmente nos estados brasileiros mais industrializados e com mercados de trabalho mais formalizados, contribuíram para a queda de 7,7% da produção industrial e redução do ritmo de contratações frente ao ano de 2009, quando o estado catarinense gerou 51 mil empregos, ante mais de 73 mil em 2008.
Municípios
O estudo apontou que Florianópolis está entre as capitais com os melhores índices. A Capital catarinense foi a quarta colocada, com 0,8679. As três primeiras foram São Paulo (0,8930), Vitória (0,8838) e Curitiba (0,8731).
A média brasileira do IFDM em 2009 foi de 0,7603, 0,6% menor que a observada em 2008. Os dados retratam o impacto da crise mundial no desenvolvimento dos municípios brasileiros. Apesar disso, 3.841 municípios (69%) apresentaram melhora em seus índices de desenvolvimento, um resultado um pouco melhor do que o observado em 2007, quando 67,3% registraram crescimento.
Brasil
A região Sul consolidou sua posição privilegiada com 96,2% dos seus municípios com IFDM moderado e alto. O Sudeste tem 86% dos municípios nesse patamar.
O País tem 62,9% de cidades com desenvolvimento de moderado a alto; o Centro-Oeste (83,4%) está bem próximo do patamar do Sudeste; e o Norte (22,1%) e o Nordeste (24,6%) apresentam, respectivamente, 20 e 10 anos de atraso em relação às regiões mais desenvolvidas. A expectativa é que só em 2037 os municípios do País garantam à população brasileira atendimento básico de saúde, ensino fundamental de qualidade e maior inserção no mercado formal de trabalho.
Dos 1.668 municípios do Sudeste, 19% estão no grupo dos 500 maiores IFDMs ao lado de 11,7% dos 1.188 municípios do Sul e 6,5% dos 465 do Centro-Oeste. Sul e Sudeste, que reúnem 51% dos municípios brasileiros, predominam na lista com 91,2% de participação. O Estado de São Paulo é o que tem mais representantes no ranking dos 500 melhores (261 municípios), seguido por Rio Grande do Sul (65), Santa Catarina (39), Paraná (35) e Minas Gerais (32).
Saúde, emprego e educação
O IFDM Emprego & Renda foi a única vertente a registrar retração frente ao ano anterior: de 0,7689 em 2008 para 0,7286 (-5,2%) em 2009, consequência da redução de 30% de empregos com carteira assinada no mesmo período de comparação, a reboque da crise econômica mundial.
O índice de desenvolvimento na vertente Educação atingiu 0,7506 pontos, crescimento de 2,6% em comparação a 2008. São Paulo manteve a supremacia no ranking com 98 municípios entre os cem melhores resultados de Educação e ficou na liderança entre os estados com 0,8909 pontos, seguido de Santa Catarina (0,8216), Distrito Federal (0,8145) e Espírito Santo (0,8076), que conquistaram o status de alto desenvolvimento no IFDM Educação.
Pela primeira vez o IFDM Saúde alcançou classificação de alto desenvolvimento, com crescimento de 0,9% em 2009 e 0,8018 pontos. Todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, incluindo Distrito Federal, obtiveram alto grau de desenvolvimento, considerando questões básicas e de competência dos municípios, como quantidade de atendimentos de consultas de pré-natal. O Paraná (0,8898) liderou o ranking dos estados, seguido por São Paulo (0,8789) e Rio Grande do Sul (0,8698).
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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