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O acesso à internet quase dobrou nos últimos quatro anos no Brasil. Em 2007, 27% da população tinha acesso à rede, já neste ano o percentual chegou a 48%. Os números foram apurados por uma pesquisa nacional da Fecomércio-RJ, em parceria com a empresa Ipsos.

Além do acesso, o levantamento aponta que a freqüência do uso também aumentou. Entre os brasileiros conectados, 47% afirmam que entram diariamente na rede, enquanto 33% acessam mais de uma vez por semana e 12% uma vez por semana.

Mais da metade dos internautas passam de 30 minutos a duas horas ligados na web; 23% fica conectado entre duas e quatro horas e apenas 14% fica menos de meia hora.

Razões do crescimento

Na análise da Fecomércio-RJ, o principal motivo para a difusão na internet é o crescimento na venda de computadores, devido ao maior poder aquisitivo da população. Para a Federação, também contribuíram o avanço das tecnologias, a cotação do dólar nos últimos anos - que favoreceu a importação de produtos e peças -, a influências das redes sociais e a isenção de impostos sobre a venda de PCs e seu componentes, em vigor até 2014.

As razões que levam as pessoas a entrar na internet são o contato com os amigos (50%) e trabalho (27%). Em consequência, os sites mais acessados são as redes sociais (61%), seguidas das de pesquisas (48%), e-mails (34%), de notícias (34%), de diversão (17%) e de serviços (17%).

Compras

O número de brasileiros que fazem compras online também cresceu, passando de 13%, em 2007, para 20% neste ano. No carrinho de compras virtual, os itens mais comuns são eletrodomésticos (com 36% de adesão entre os compradores), CDs e DVDs (20%), livros (16%) e ingressos para cinemas ou similares (7%).

A maior vantagem de realizar compras online para os brasileiros é a comodidade (38%), os preços (33%) e facilidade para pesquisar (11%). Apesar do aumento de compras pela internet, 80% dos internautas ainda não adquirem bens pela web, porque não acham seguro (69%) ou porque têm receio em relação à qualidade do produto (26%).

Os que ainda não acessam a rede alegam não saber usar o computador (43%), não ter computador em casa (38%) e falta de interesse em se conectar (30%).