Santa Catarina foi um dos seis Estados que, em janeiro, teve uma média de devolução de cheques inferior ao número de 1,7% de inadimplência registrado no País. Com o percentual de 1,5% de cheques não compensados, o Estado ficou atrás apenas do Paraná (1,48%), Rio de Janeiro (1,39%) e de São Paulo (1,29%) no ranking nacional.
Dois Estados da região Norte obtiveram taxas de calote com cheques superiores a 10% no mês. Roraima (11,38%) e Amapá (11,32%) foram os campeões da inadimplência em janeiro. O Maranhão (8,1%) ocupou o terceiro posto.
Entre as regiões, o Sudeste apresentou os melhores resultados, com uma inadimplência média de 1,39% nos pagamentos com cheque. No Sul, esse percentual sobe para 1,6%. A Região que registrou a maior taxa de calotes é a Norte, com uma média de 3,8%.
Para o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, a sucessão de resultados abaixo da média em Santa Catarina é fruto de dois fatores: melhores formas de recebimentos dos cheques, em especial os pré-datados, e uma consciência um pouco maior do consumidor na hora de efetuar suas compras.
Menor taxa desde 2005
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (17) pela Serasa Experian, o percentual de cheques devolvidos no País é o menor em seis anos para meses de janeiro. No ano de 2005, a taxa de retorno havia ficado em 1,53%.
Segundo Almeida, essa menor taxa nos últimos seis anos, para o mês de janeiro, é ainda reflexo da evolução favorável do mercado de trabalho durante 2010. Apesar desta queda em janeiro, a atenção agora fica voltada para fevereiro e março, meses em que há maior pressão sobre o orçamento familiar, em razão do pagamento de impostos, como IPVA, IPTU e despesas escolares.
"A mudança no hábito de pagamento do consumidor, substituindo o cheque pelo cartão de crédito, pode contribuir para novas quedas na devolução de cheques a partir de abril", afirma o comunicado da instituição.
Para exemplificar essa queda no uso do cheque como forma de pagamento, em janeiro do ano passado foram emitidos 184,5 milhões de cheques no País. No mesmo mês deste ano, esse número caiu para 172,7 milhões. No Estado, foram menos de 5 milhões de cheques emitidos em janeiro, número inferior a um por habitante.
Autor: Leonardo Gorges
Fonte: Economia SC
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