A aproximação das festas de fim de ano, contribuiu para elevar o índice que mede a intenção de consumo das famílias catarinenses (ICF). A pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio) e pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), revela que O indicador registrou em dezembro crescimento de 2,9%, chegando ao patamar de 139,4 pontos.
A avaliação da Fecomércio, aponta para um Natal com resultados animadores para o varejo do Estado. No levantamento, os índices que medem emprego, renda e consumo apresentaram respectivamente crescimentos de 2,3%, 1,2% e 7,7%, na comparação com novembro. Segundo a Fecomércio isto se explica pelo crescimento natural na contratação de novos funcionários por parte das empresas no final de ano, para atender o aumento da demanda no período.
Comparativo 2010
Na comparação com dezembro de 2010 o emprego atual cresceu expressivos 12,9%, ancorado no aumento das vagas de emprego. A renda se expandiu pouco ficando em 2%, o que se explica em virtude da inflação verificada em 2011, que corroeu o poder de compra dos salários.
O indicador de nível de consumo sofreu retração anual de 13,8%, percentual de acordo com a atual desaceleração do consumo das famílias, baseada, principalmente, nas medidas de restrição ao crédito, tomadas pelo Banco Central.
As famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, mais dependentes do crédito para realizar as compras, tiveram um indicador de consumo baixo ficando em apenas 103,4 pontos, enquanto as famílias com renda maior que 10 salários mínimos apresentaram um índice de 124,8 pontos, ou seja, uma diferença expressiva.
Perspectiva Profissional
A perspectiva profissional foi o componente da pesquisa que apresentou o pior resultado, registrando o baixo patamar de 98,3 pontos, com queda mensal de 3,6% e de elevados 27,5% na comparação anual.
Para a Fecomércio, este comportamento não é novo e se apóia na recorrente falta de qualificação dos trabalhadores. O fato faz com que os empregados tenham possibilidades reduzidas para ascensão dentro das empresas, o que provoca uma baixa perspectiva profissional.
O acesso ao crédito está no centro da atual desaceleração das vendas do varejo catarinense. Mesmo com o crescimento mensal de 4,1%, na comparação anual o indicador apresentou queda de 4,9% no mês. Porém, isso não fez com que o índice ficasse em um patamar negativo, pelo contrário, ficou em 148,6 pontos, valor bastante positivo.
Consumo
Na avaliação da perspectiva de consumo, em virtude da chegada do Natal, o elemento foi o que apresentou maior crescimento mensal dentro do ICF (9,7%), ficando no patamar de 154,4 pontos. Na comparação anual a perspectiva também é positiva, com crescimento de 6,9%, dado que confirma as previsões da Fecomércio nos últimos meses em que os efeitos da desaceleração do varejo catarinense não seriam suficientes para abalar as vendas de Natal.
Os consumidores demonstram estar animados para a aquisição de bens duráveis. Apesar da pequena queda mensal de 0,7%, o item "momento para compra de bens duráveis" foi o componente do ICF que apresentou o indicador mais alto com 172,4 pontos. O forte crescimento na comparação anual (19,6%) está por trás deste dado. Segundo a Fecomércio, a explicação está na forte ascensão da classe média de Santa Catarina.
Na avaliação da federação, o Natal conseguiu conter a atual desaceleração do comércio. Este é um efeito sazonal, sendo provável que o primeiro semestre de 2012 tenha diminuição no ritmo de vendas. Porém, é improvável que esta nova desaceleração se transforme em retração das vendas, já que a massa de rendimentos continua crescendo.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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