Foi anunciada a abertura do mercado norte-americano para a carne suína brasileira. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos catarinenses para exportação de carne suína in natura para o País. As informações foram divulgadas pelo Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na tarde desta terça-feira (10).
Santa Catarina é o único Estado reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem necessidade de vacinação e que concentra grande parte da produção nacional de suínos. Na opinião de Mendes Ribeiro, com a abertura, outras nações, como o Japão e a Coréia devem liberar o mercado para a carne nacional. "O embargo da Rússia nos atrapalhou muito. Agora estabelecemos um outro patamar."
Outros estados
Para os estados livres de aftosa com vacinação, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos autorizou a habilitação de unidades para exportação de carne suína cozida e processada, desde que a industrialização ocorra em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e habilitados como produtores de matéria-prima. Nos demais estados, o Ministério da Agricultura (Mapa) ainda fará uma supervisão nas plantas.
Na próxima semana sairá uma lista oficial com seis plantas, de três empresas, localizadas em Santa Catarina, que estarão habilitadas a começar a vender para os Estados Unidos. Mendes Ribeiro disse que elas já foram selecionadas e receberão um comunicado ainda esta semana.
Exportações
Apesar de importarem grande quantidade de carne suína, os Estados Unidos também exportam, o que pode dificultar aos produtores brasileiros conseguir exportar grandes volumes para o País. No entanto, o reconhecimento norte-americano pode ajudar a derrubar barreiras nas negociações, que já duram anos, com dois dos maiores importadores mundiais de carne suína: o Japão e a Coréia, mercados de mais de US$ 1 bilhão em importações do produto.
O diretor do Departamento Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) acredita que os Estados Unidos irão permitir que a entidade escolha as plantas frigoríficas. "Podemos indicar quantas atenderem os requisitos. É um voto de confiança", disse.
O Ministério da Agricultura informou que a principal preocupação dos Estados Unidos dizia respeito à falta de fiscais federais agropecuários nos estabelecimentos habilitados, mas a pasta já se comprometeu a atender a exigência.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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