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Os feriados prolongados trazem prejuízos ao comércio nacional, asseguram os especialistas. "Ganham os comerciantes de shopping centers e perdem os comerciantes de lojas de rua", avaliou hoje (17) o professor de Varejo da Fundação Getulio Vargas, Daniel Plá.

No entanto, os feriados com enforcamento trazem ganhos para as cidades balneárias de pequeno e grande porte de todo o País, como Florianópolis, Fortaleza, e Rio de Janeiro, porque beneficiam os setores hoteleiro e de restaurantes. "Nos feriados municipais também só tem benefícios shopping centers."

Perdas

As perdas de faturamento do comércio brasileiro em 2012 por causa das pausas atingirão cerca de R$ 50 bilhões, os governos perdem arrecadação tributária e o setor financeiro ganha. "Se pelo menos um terço deste valor é perdido, os comerciantes tem substituir pegando emprestado, e os bancos, graças aos feriados, vão emprestar o equivalente a R$ 15 bilhões."

Daniel Plá estimou que, só no comércio de rua em função dos feriados, os governos federal, estaduais e municipais deixam de arrecadar em torno de R$ 18 bilhões. Já os shopping centers ganham porque as pessoas vão para os shoppings normalmente nos feriados. "Tanto que o domingo atualmente já é o segundo melhor dia de vendas para os shopping, o primeiro é o sábado."

Calendário

O ano de 2012 tem dez feriados nacionais que caem em dias de semana. Os feriados que caem em sábados têm que ser considerados, porque é um grande dia de venda para o comércio. De acordo com pesquisa do CDL-Rio, os meses que serão mais prejudicados este ano, em razão dos feriados, são fevereiro, abril e novembro.

Em fevereiro, além de o mês já ter menos dias, o carnaval envolve 2,5 dias parados, que são a segunda-feira (20), a terça-feira (21) e metade da quarta-feira de cinzas (22). Já novembro apresenta dois feriados (2 e 15) e três prolongamentos. Em abril, há dois feriados (Sexta-Feira da Paixão e Tiradentes) e um dia "enforcado". "O dia seguinte ao feriado tem uma redução de faturamento em torno de 20% da força de venda", disse o chefe do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas (CDL-Rio), Fernando Mello.