No ano passado, foram gerados 215.472 postos de trabalho no setor, contra 544.367 em 2010. Isso representa uma variação de pouco mais de 50% na comparação entre os dois anos.
No total, o País fechou 2011 com um saldo de empregos bem abaixo das projeções do governo, que eram de 3 milhões de novos postos de trabalho. No ano passado, foram criados 1,94 milhão de postos de trabalho no ano passado, resultado 23% menor do que em 2010, segundo informações contam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged).
Queda na demanda
Para o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo, entre os fatores que fizeram a indústria recuar no ano passado estão a queda na demanda interna, a crise financeira internacional e a concorrência com os produtos importados.
Ele afirma que os produtos manufaturados nacional ainda encontram dificuldades nos mercados externos por conta da crise. "O mercado doméstico, que segurou a demanda num primeiro momento, não está mais com o mesmo fôlego. Se naquele momento, o consumo, que estava crescendo forte, estava sendo suprido por produtos importados, isso não mudou. E a indústria está sentindo isso agora", explicou.
Produção recuou
Segundo sondagem industrial divulgada pela CNI, a produção do setor recuou para 42,1 pontos em dezembro, em uma escala que vai de zero a 100, sendo que 50 é a média. Esse indicador está 2,6 pontos abaixo do registrado no mesmo período de 2010.
Quanto aos empregos, a sondagem também mostra queda no mês de dezembro. O número de empregados na indústria diminuiu em dezembro. O indicador de evolução do número de empregados atingiu 46,7 pontos, abaixo dos 50 pontos, pelo terceiro mês consecutivo. Esse é o menor indicador mensal desde o início da série, em janeiro de 2010.
Azevedo alega que o quadro de baixa atividade, associada a baixa de estoques leva as empresas a reduzir as contratações e a redução do quadro de funcionários. O economista lembrou ainda que dezembro é sempre um mês no qual há muitas demissões, mas em janeiro já nota-se um otimismo quanto à perspectiva de novas contratações. "Contudo, neste ano, a intenção dos empresários é de manutenção do número de empregados para os próximos meses", disse.
IPI
Quando perguntado sobre as medidas de incentivo do governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores da indústria de transformação, o economista diz que "as medidas ainda são muito recentes e devem fazer algum efeito somente nos próximos meses."
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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