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O avanço da economia local foi menor do que o nacional pela oitava vez em 10 anos e deve permanecer assim em 2012.

Pela estimativa do banco, o Brasil encerrou o ano passado com crescimento de 2,7%, abaixo da expectativa do governo, que fala em 3,2% - o IBGE divulga o resultado oficial em março.

Santa Catarina também teve o pior desempenho do ano em comparação aos outros nove estados e à região Nordeste analisados no estudo. Pesaram bastante as medidas tomadas pelo Banco Central para desacelerar o consumo no ano passado, especialmente o ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) antes da inversão da tendência, em setembro. Outro fator importante foi a crise na Europa que afetou as exportações.

Indústrias

A indústria foi bastante afetada em 2011, o que se refletiu na queda de 5,1% da produção industrial. Nos últimos três meses de 2011, o recuo foi expressivo nos setores de alimentos, máquinas e equipamentos.

O ritmo menor nos últimos 10 anos se explica em parte pelo fato de SC não ser um Estado exportador de matérias-primas (commodities). Um estudo da Associação de Comércio Exterior do Brasil revelou que, de 2000 a 2011, a compra de commodities brasileiras cresceu 716,5% no mercado internacional, impulsionada pela voracidade chinesa.

Para o economista Carlos Honorato, da Fundação Instituto de Administração (FIA), a indústria de SC, grande exportadora de produtos manufaturados, sofre mais com a falta de competitividade internacional. A perspectiva de crescimento do PIB do Brasil para 2012 é de 3,5%, desempenho puxado, principalmente, pelo consumo interno.