Tanto as exportações quanto as importações catarinenses do primeiro bimestre de 2012 cresceram acima da média nacional em relação ao mesmo período em 2011. Os embarques registraram alta de 17% enquanto a média do Brasil foi 7%.
Os valores exportados pelo Estado corresponderam a 3,9% das exportações brasileiras levando Santa Catarina à nona posição no ranking nacional. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta terça-feira (13).
De outro lado, as compras de Santa Catarina no exterior também aumentaram 17%, quando o resultado nacional foi de 11,2%. No acumulado do ano, as exportações do Estado somaram US$ 1,34 bilhão. Já as importações fecharam em US$ 2,45 bilhões, resultando em saldo negativo na balança comercial de US$ 1,10 bilhão.
Frango lidera
A carne de frango segue na liderança dos embarques do Estado. No período, as vendas do produto ao mercado internacional somaram US$ 340,3 milhões, valor é 10,1% superior ao registrado em 2011. A carne suína, sexto item da pauta, somou US$ 71,2 milhões. Juntas, as carnes de frango e suína representam 30,5% dos embarques de Santa Catarina.
O diretor executivo do Sindicato da Indústria da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvea, afirma que as exportações de frango cresceram menos que o esperado por que houve queda no volume dos embarques para importantes destinos, como Irã, Iraque e Japão. "Infelizmente tivemos três mercados que são importantes e reduziram a média de compras, mas nossa expectativa é de retomada para que tenhamos um ano de boa exportação de frango e de suínos", diz.
Apesar da carne de frango ser o destaque na pauta de exportação, Gouvea afirma que a expectativa é que 2012 seja o ano da carne suína. A China habilitou o Brasil para a exportação e as primeiras cargas do produto foram embarcadas no início do ano. "Temos a expectativa que comece a engrenar em termos de volume e de determinados cortes."
Novos mercados
Para o diretor, a expectativa com a possível abertura do mercado japonês e sul coreano é fundamentada. "São mercados que têm valor um pouco melhor em termos de produto." Além disso será acertado nos próximos dias, o certificado de exportação para os Estados Unidos.
O Brasil já foi habilitado pelos EUA e atualmente os dois países estão discutindo sobre a documentação com os requisitos que a carne e seus derivados precisem ter para serem exportados. "as conversas estão bem avançadas. O documento já foi encaminhado para Washington e estamos aguardando o retorno", ressalta.
Câmbio
Apesar do crescimento nos embarques, ele afirma que o câmbio deve tirar os ganhos de produtividade que os exportadores conseguem dentro da fábrica. "Ainda tem os mercados europeu e americano que estão com queda no consumo e isso faz com que não haja possibilidade de negociar preço. O câmbio está tirando muita competitividade do Brasil. Na carne é bem sensível essa questão."
Demais produtos
Outros produtos da pauta de exportação também cresceram. Entre eles, o fumo (38,4%), motores e geradores elétricos (28,5), motocompressores herméticos (15,6%) e blocos fundidos (37%). Pela primeira vez nos últimos quatro anos, a energia elétrica aparece na lista dos embarques.
Países
Em relação aos principais destinos dos produtos catarinenses, os Estados Unidos ocupam a primeira posição, com crescimento de 20,7% no primeiro bimestre no ano. Em seguida, aparecem a Argentina, com alta de 33,2%, os Países Baixos com crescimento de 15% e a China, com elevação de 192,8%. O salto nas vendas ao país asiático se deve ao crescimento dos embarques de soja e seus derivados.
Em relação às importações, dos dez países de quem Santa Catarina mais compra, sete registraram aumento, com destaque para a China (29,4%), Estados Unidos (8,3%), Alemanha (38,6%) e Itália (70%). Os decréscimos foram registrados nas importações do Chile (-9,2%), Argentina (-13,2%) e Peru (-9,2%).
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.