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Do lado de dentro, mais discrição e frescor. Do lado de fora, um emaranhado de canos e fios que esquentam uma polêmica: os prédios, em sua maioria, não estão preparados para a nova tecnologia de refrigeração e o resultado se reflete nas fachadas que enfeiam a cidade. Os splits, que prometem mais economia e silêncio, estão ganhando a preferência do consumidor, mas, sem regras para a instalação, a novidade preocupa especialistas, não só pela estética como também pela segurança.

O equipamento é novo e as regras são antigas. Nem prefeitura e nem convenções de prédios estabelecem normas para o uso dos splits. Uma lei municipal, de 2008, proíbe o gotejamento irregular dos aparelhos de ar condicionado e o infrator pode ser multado em R$ 285,32. A lei, no entanto, não atinge os splits já que não pingam como os aparelhos convencionais.

- Os hábitos são mais rápidos do que a possibilidade de se criarem as leis. Enquanto isso, vão se tornando fato consumado e a prefeitura não dá conta. A cidade já está tão bagunçada e isso é mais uma coisa - lamentou Evelyn Rosenzweig, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Leblon, onde não é raro ver obras para instalação de splits.

O Clube dos Dirigentes Lojistas do Rio ainda não fez as contas, mas afirma que a venda de splits cresceu nos últimos dois anos. Mas, na hora de instalar, a maioria expõem do lado de fora da janela um emaranhado de canos. O mais curioso é que muitos argumentam que esteticamente o split é melhor, mas dentro de casa.

- A vantagem é que esses aparelhos ficam mais discretos do que os convencionais. A tendência é essa. Vou adotar lá de casa também - comentou Carlos Queirós, subsíndico de um prédio de cinco andares na Rua General San Martin, no Leblon, onde já há oito splits na fachada.