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Com base na pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), 21,7% das empresas consultadas prevêem expansão na sua capacidade de instalação no período de três anos, esse resultado foi inferior ao previsto para o período de três anos de 2011, quando o indicador ficou em 23,8%. Mesmo com a desaceleração do investimento implícito, pode se considerar a taxa elevada se comparada ao crescimento anual médio que é de 6,8%.

Foram consultadas 779 empresas, responsáveis por vendas de R$ 492 bilhões em 2010, no período de janeiro e fevereiro de 2012. As empresas também avaliaram, pelo quinto ano consecutivo, os fatores que vêm influenciando as decisões de investimentos. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (22), pela FGV.

Setores Industriais

Entre as categorias de uso, a maior expansão de investimentos prevista em média para os próximos três anos foi verificada em Não duráveis de consumo, com 24,5%. A seguir, nos Duráveis de consumo, segmento em que a taxa prevista alcançou 23,0%.

O maior avanço entre 2011 e 2012 ocorreu em Material de construção, segmento em que a taxa de crescimento trienal da capacidade prevista passou de 19,7% para 22,3%. Em Bens de capital, também houve evolução favorável, com a taxa passando de 20,8% para 23,1% no mesmo período. Já o setor de Bens intermediários apresentou taxa média de 19,0% para o triênio 2012-2014, uma queda em relação aos 20,5% do ano passado.

Fatores que podem influenciar os investimentos daqui a três anos

O nível da demanda interna foi apontado como influência positiva para a realização de investimentos em 2011 por 70% das empresas, uma redução de 5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao resultado observado em 2010. O percentual de empresas que o consideraram uma influência negativa aumentou no mesmo período, de 6% para 12% das empresas.

Nas previsões para 2012, a demanda interna apresenta um resultado mais favorável que o observado em 2011 e parecido com o de 2010: 75% das empresas projetam que o nível de demanda interna exercerá uma influência positiva sobre os investimentos produtivos, enquanto 7% projetam uma influência negativa.

Demanda externa

O nível de demanda externa foi apontado como influência positiva para a realização de investimentos no ano passado por 27% das empresas e negativa por 12%. Para 2012, estes percentuais ficaram em 32% e 9%, respectivamente.

Macroeconômia

O Ambiente macroeconômico foi considerado uma influência positiva em 2011 por 53% das empresas e negativa por 20% do total. Nas projeções para 2012, estas taxas ficaram parecidas, em 53% e 17%, respectivamente. Mas estes resultados são piores que o das previsões feitas ao início de 2011 para aquele ano, quando a influência do ambiente macroeconômico era considerada positiva por 74% e negativa por 6% das empresas consultadas. A evolução sugere que o empresariado industrial percebe uma piora do ambiente entre o início de 2011 e de 2012.

Taxa de câmbio

A Taxa de câmbio foi projetada como uma influência positiva em 2012 por 28% das empresas (23% observado no ano passado) e negativa por 22% (31%). As condições de crédito foram avaliadas como uma influência positiva para os investimentos em 2012 por 42% das empresas (contra 40% observada em 2011).

Para 2012, o fator Situação econômica externa foi o único em que a proporção das que a avaliam como uma influência negativa sobre o investimento superou à dos que a apontam como influência positiva (33% contra 22%). Apesar disso, houve uma relativa melhora frente ao observado no ano passado quando apenas 16% das empresas perceberam influência positiva e 36%, influência negativa para este fator.