Depois de Caetano Veloso e Tom Zé, foi a vez do compositor Gilberto Gil contestar o uso do nome “Tropicália” e de suas músicas em um condomínio de luxo em Salvador, capital da Bahia. Gil enviou uma notificação à construtora Odebrecht afirmando que, além de dispensar, recusa a homenagem. No documento, ele pede que o condomínio e seus prédios sejam rebatizados.
O condomínio “Tropicália” fica no bairro litorâneo de Patamares, tem vista para o mar e está ao lado do parque ecológico de Pituaçu. Foi comercializado utilizando frases das músicas do movimento tropicalista, para descontentamento dos artistas, que acusam a empreiteira de fazer “uso comercial” do Tropicalismo.
"Manifesto-me aqui, como membro do movimento tropicalista e artista da música brasileira, para requerer aos senhores que cessem o uso indevido dos nomes das obras artísticas que foram e são referência no cenário artístico nacional e internacional, posto que tal uso, além de não autorizado, vai contra toda a filosofia desse movimento, cujos participantes jamais autorizariam vincular sua obra a um empreendimento imobiliário desse porte", informou Tom Zé em sua notificação, conforme divulgado pelo Portal Terra.
Por outro lado, em nota emitida em 27 de fevereiro, a Odebrecht Realizações Imobiliárias informou que o objetivo "foi o de referendar um importante movimento artístico, de grande representatividade na Bahia e no Brasil. Foram feitas as devidas consultas prévias ao INPI, órgão competente, e ficou constatado que não há impedimento para o uso do nome 'Tropicália' em um empreendimento imobiliário. Vale destacar ainda que o termo Tropicália figura como nome de vários produtos, serviços e estabelecimentos no país. Por fim, é importante ressaltar que a OR não utilizou, tampouco sugeriu nem autorizou o uso dos nomes dos integrantes do movimento para promover o empreendimento."
Autor: Terra
Fonte: Licita Mais Condomínios
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