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Pesquisas em uvas viníferas abrem novo mercado

03/03/2011 – Mercado de produção de vinhos consolida-se em Santa Catarina.

Após mais de uma década em que Epagri investiu nas regiões de altitude catarinenses para a produção de uvas viníferas, o Estado tem reconhecimento nacional e internacional pela qualidade dos vinhos finos que produz.

 

O impulso dado pelas pesquisas e por investimentos pioneiros construiu um segmento econômico promissor em Santa Catarina. As uvas cultivadas com capricho em altitudes acima de 900m e vinificadas nas cantinas de produtores obcecados por qualidade dão origem a vinhos de alto padrão que conquistam os paladares mais exigentes.

 

As primeiras garrafas foram lançadas em 2005 e, desde então, têm atraído a atenção do mercado. Na ExpoVinis, maior feira do setor da América Latina, já receberam três prêmios Top Ten, que compara às cegas os melhores vinhos de vários países em dez categorias.

 

Segredo

 

O segredo do sucesso está na altitude. A influência climática nas regiões catarinenses localizadas entre 900 e 1400m acima do nível do mar desloca e torna mais lento o ciclo produtivo da videira, permitindo a maturação mais completa da uva. "Esse deslocamento propicia a ocorrência de condições climáticas diferenciadas em relação ao restante do País em todas as etapas de desenvolvimento das plantas", explica engenheiro-agrônomo e enólogo Jean Pierre Rosier, pesquisador da Estação Experimental de Videira.

 

O alto padrão da bebida é alcançado por 28 produtores individuais e coletivos representados pela Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis). Eles somam 287 hectares de vinhedos distribuídos nas regiões de São Joaquim, Caçador e Campos Novos. A cada ano, 600 mil garrafas são vendidas no mercado brasileiro e uma pequena parte é exportada. A meta é alcançar 1 milhão de garrafas em até 5 anos.

 

Além de impulsionar a economia do Estado, a atividade tem levado desenvolvimento para regiões carentes. "Em São Joaquim o turismo é sazonal e não tem uma grande estrutura. Com os vinhos finos, se estabelece uma nova atividade que atrai turistas durante o ano todo e impulsiona o desenvolvimento da região", afirma José Itamar Boneti, pesquisador da Estação Experimental de São Joaquim. Para as famílias rurais, o cultivo de uvas viníferas é uma alternativa de renda de alto valor agregado que viabiliza propriedades com pequenas áreas.

 

Desafios

 

 

Apesar dos avanços, o setor tem desafios. A participação dos vinhos finos catarinenses no mercado brasileiro é estimada em cerca de 0,5%. Além disso, vinhos de países como Chile e Argentina chegam à mesa do brasileiro com praticamente a metade da carga tributária dos nacionais.

 

"Temos todas as dificuldades de um setor que pode ser considerado pioneiro, pois o Estado, antes conhecido pelos vinhos comuns, busca mostrar produtos nobres, produzidos em uma região desconhecida para esse fim. É preciso ser conhecido no mercado, ganhar a confiança dos consumidores, e isso tem sido buscado incansavelmente com a participação em feiras e mostras em todo o País", destaca Rosier.

 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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