Um dos principais fatores que impulsionaram o crescimento da arrecadação federal neste ano, a lucratividade das empresas está influenciada pelo setor financeiro, disse na última terça-feira (24) a secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta. Segundo ela, a análise das receitas da União mostra que a lucratividade dos bancos está bastante superior à dos demais setores da economia.
De acordo com a secretária adjunta, os dados referentes ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) revelam que as entidades financeiras responderam pela maior parte do crescimento real de 13,49% na arrecadação dos dois tributos de janeiro a março. Esse número leva em conta a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Receita
Com receitas R$ 6,598 bilhões superiores ao mesmo período do ano passado, o IRPJ e a CSLL responderam por 42% do crescimento real de R$ 15,560 bilhões na arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal.
Arrecadação
Em relação à arrecadação da declaração de ajuste, o pagamento de IRPJ e CSLL das entidades financeiras aumentou 65,5% de janeiro a março na comparação com os mesmos meses do ano passado, descontando o IPCA.
Outros tributos
De acordo com Zayda, a disparidade dos bancos também pode ser comprovada no comparar o pagamento de outros tributos. A arrecadação de Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), IRPJ, CSLL, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e PIS/Pasep teve crescimento real de R$ 9,012 bilhões no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Desse total, 88,21% - R$ 5,655 bilhões - vieram do setor financeiro.
Aumento real da arrecadação
Até março, a arrecadação federal registra aumento real de 7,32% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. A secretária adjunta manteve a previsão de que, nos próximos meses, o crescimento acumulado vai desacelerar até encerrar o ano em torno de 4,5%. Zayda, no entanto, informou que, no próximo mês, o Fisco revisará as estimativas para atualizar os indicadores econômicos e incluir as desonerações para o pacote de apoio à indústria anunciadas no início do mês.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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