Anunciada no final de 2011 a fusão entre as duas empresas catarinenses Portobello e Eliane de cerâmica, não vai mais acontecer. O aviso público saiu na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quarta-feira, 2 de maio. As direções das empresas não comentaram o anúncio e apenas divulgaram um comunicado oficial. Segundo informações ligadas às companhias o que pode ter causado a divergência e o fim do acordo, que vinha sendo estudado há quatro meses, foi a disputa pela participação na sociedade entre as duas empresas.
O exame mais detalhado das finanças e das dívidas que teriam que ser pagas pelas empresas Portobello e Eliane, feito por due diligence (um procedimento jurídico e tem como função primordial apontar a condição das empresas que vão realizar fusões ou aquisições) desfez o negócio. O exame puro e simples do patrimônio das companhias faria com que a nova sociedade tivesse 55% de participação da Portobello e 45% da Eliane.
Quando as indústrias decidiram pela fusão, o exame dos débitos que teriam que ser feitos no futuro fez com que a participação da Eliane fosse reduzida a 20%. Ao mesmo tempo a Eliane queria que a Portobello fizesse alguns contingenciamentos (provisões de recursos para possíveis débitos futuros), como ela tinha feito, mas eles não chegaram a um acordo.
Comunicado oficial
No comunicado oficial divulgado na quinta (3), as empresas informam que optaram por não se associarem, mantendo suas operações funcionando de forma independente, porque ao final dos quatro meses de estudos dos planos de integração da due diligence, a conclusão, compartilhada por ambas as empresas, "considerou que as complementaridades, embora de fato existentes, ficaram abaixo das expectativas e que os custos de integração logística e operacional seriam consideráveis, impactando o novo negócio".
Frente ao programa de crescimento individual de cada empresa, os acionistas da Portobello e da Eliane decidiram priorizar seus planos de crescimento individual, abrindo mão do projeto de fusão. A nota termina afirmando que " durante as negociações, ambas as empresas seguiram suas operações normalmente e de maneira independente, não havendo prejuízos para suas atividades".
Autor: DC
Fonte: Economia SC
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