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O peso da indústria de games de SC no cenário nacional

15/05/2012 – Profissionais competentes, legislação favorável, e perspectiva nacional são destaques no estado

Transpostos da realidade para a tela do computador, os jogos se tornaram o ramo de entretenimento que mais lucra no mundo, apesar da indústria nacional no setor ainda engatinhar. Enquanto que mundialmente em 2011 a indústria de games lucrou US$72 bilhões, a nacional espera lucrar US$567 milhões até 2015, e, dentre os estados que mais se preparam para essa fatia está Santa Catarina. O Estado tem três características fundamentais que o habilitam a ser destaque nacional: profissionais competentes, legislação favorável, e perspectiva nacional.

 

As empresas de jogos no Estado são na sua maioria pequenas e médias que atuam no desenvolvimento de games casuais para web, redes sociais e smartphones. Sobre os profissionais, Guilherme Loureiro, Gerente de Publicação da Hoplon, explica que trabalhar em Florianópolis é sinônimo de bons funcionários. "Devido ao grande parque tecnológico que temos, especificamente em Florianópolis, gerou-se uma demanda no mercado para haver cada vez mais profissionais qualificados de tecnologia, os melhores profissionais", declarou.

 

Além de parque tecnológico, o estado dispõe de mais 18 cursos, distribuídos no Senac, Univali, UFSC, IFSC por exemplo, em ramos de Design, Programação, e Plataformas Digitais que os credenciam a trabalhar na área, resolvendo o problema de falta e rotatividade de funcionários, como observa Dennis Coelho, da Palmsoft (outra empresa do Estado). "Nossa empresa possui uma grande rotatividade de pessoas, mas como sou professor de programação de jogos na UNIVALI e no SENAC, e meu sócio é professor na UFSC temos facilidade em repor essa mão de obra perdida."

 

Legislação

 

Quanto à legislação, Santa Catarina beneficiou-se de duas leis nacionais de novembro passado para a captação maior de recursos para a indústria de jogos. A primeira foi o projeto "Jogo Justo", que diminui em 45% o custo dos games de computador ao reclassificá-los como segmento cultural.

 

Anteriormente, os programas eram taxados como jogos de azar, e o peso dos tributos, 124%, era repassado integralmente ao consumidor final, inviabilizando novos mercados. A segunda lei foi consequência, pois com o segmento cultural, a indústria de jogos eletrônicos agora pode receber patrocínios e doações dedutíveis em imposto de renda, conforme indica a Lei Rounet.

 

Além dessas duas mudanças, uma terceira que pode beneficiar a indústria de games do Estado é a Lei Municipal de Inovação. Embora os empresários do ramo entendam que ainda é cedo para saber se vão ter benefícios com a medida, a Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), fará uma consulta coletiva aos legisladores. A intenção da pesquisa é saber se o seguimento de jogos terá atenção especial da lei de Inovação. Dennis Coelho, que também é diretor da Vertical Games na Acafe, salienta que essa nova legislação significa uma mudança de pensamento dos deputados. "Eles pararam de pensar em jogos como cassinos, caça-níquel, jogos de azar, e começaram a pensar como indústria, dinheiro e lucro para o País."

 

Perspectivas

 

A taxa de crescimento estipulado pela empresa de consultoria/auditoria PriceWaterhouseCoopers, do mercado de games no Brasil terá um crescimento de 7,6% até 2015, enquanto que o mercado publicitário de games terá um crescimento de 10,8% nesse mesmo período, representando o 8º maior crescimento do entretenimento brasileiro. A PWC estima também que o segmento na América Latina atinja US$ 1,8 bilhão, fazendo com que o Brasil represente 30% do total da região.

 

Para as empresas o objetivo é começar a reverter o processo de importação versos exportação dos games, estimulando o consumo dos jogadores brasileiros por games desenvolvidos em território nacional. Loureiro, da Hoplon, informa que a solução pode estar no desenvolvimento de games no formato MMO (Jogos Massivos Online). "No nosso mercado de desenvolvimento de MMO, competimos contra os games que vem de fora e são publicados em território nacional. A competição é por jogador. Quem tem mais e qual jogo consegue converter melhor, visto que existe um mercado de jogadores, e a briga é ferrenha para conquistar a atenção e tirar um jogador de outro jogo para jogar o seu", completou.

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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