O governo manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para este ano. A informação consta do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas primárias divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento e da Fazenda. O governo também elevou a previsão de receita primária total em R$ 3,430 bilhões e as despesas obrigatórias em R$ 2,569 bilhões.
O governo anunciou medidas para acelerar a atividade e estimular o consumo. As mais recentes aconteceram no início de abril, num pacote de pouco mais de R$ 60 bilhões entre desonerações e nova injeção de capital no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O mercado projeta que o PIB crescerá 3,20% neste ano, segundo pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira, 14. Também como parte dos estímulos do governo, os agentes econômicos esperam que o BC continue reduzindo a taxa básica de juros (Selic) (hoje a 9% ao ano) para 8% neste ano.
PIB desacelera
Ao contrário do que previa o governo, a atividade econômica brasileira entrou 2012 desacelerando. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro trimestre deste ano registrou alta de 0,15% quando comparado com o quatro trimestre do ano passado. Essa velocidade é menor em relação à que foi vista entre outubro e dezembro passados, quando o indicador mostrou expansão de 0,20% sobre o trimestre imediatamente anterior.
O BC mostrou ainda que o IBC-Br recuou 0,35% em março frente a fevereiro, mantendo a tendência de contração vista nos últimos três meses. Em fevereiro, quando comparado com janeiro, o índice mostrou queda de 0,38%, número revisado em relação ao divulgado anteriormente (-0,23%).
Crise econômica e desaceleração
No ano passado, o PIB brasileiro registrou expansão de apenas 2,7%, sendo que apenas no quarto trimestre expandiu 0,3%, indicando que a atividade estava se recuperando. O agravamento da crise externa, sobretudo com os problemas na zona do euro, estão impedindo que a economia brasileira retome o fôlego, avaliam o governo e especialistas.
O setor mais afetado é o da indústria, que vem registrando retrações. Em março, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou que a produção industrial havia recuado 0,5% frente a fevereiro, fechando o primeiro trimestre do ano também com perdas de 0,5% sobre o quatro trimestre de 2011.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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