A Intenção de Consumo das Famílias catarinenses cresceu 17,1% em relação a junho do ano passado. Na comparação mensal, subiu 1,3%. O ICF, apurado mensalmente pela CNC e Fecomércio, é um indicador que vai de 0 a 200 pontos, e neste mês ficou na casa dos 148,5 pontos. Este resultado mostra o aumento da confiança dos catarinenses em relação ao consumo, que dá sinais de expansão no segundo semestre de 2012.
A Fecomércio acredita que o cenário mudou em relação ao estabelecido no fim de 2011 e início deste ano, quando houve timidez nas vendas do varejo catarinense - trazida principalmente pela maior restrição ao crédito. A confiança dos consumidores elevada, ancorada no bom momento do mercado de trabalho, aliou-se a um novo relaxamento do crédito e proporcionou maior dinamismo para as vendas.
Com base nos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, desde março é possível notar um maior crescimento das vendas do estado, o que está diretamente relacionado ao cenário de forte confiança dos consumidores. A tendência é de que a recuperação aprofunde-se no segundo semestre, já que o ICF continua elevado. A Fecomércio prevê que o consumo das famílias será o motor da economia brasileira, alimentando um crescimento do PIB de algo em torno de 2,5%.
Emprego, renda e consumo atuais
Apesar de quedas mensais nos níveis atuais de emprego (-5,2%) e renda (-1%), o indicador de consumo atual teve cresceu 9,4% em junho. Na comparação com junho do ano anterior, todos os três índices cresceram: o de emprego 13,4%, o de renda 15,3% e o de consumo 10,9%. Desta maneira, os indicadores se estabeleceram na casa dos 147, 156,1 e 123,8 pontos, respectivamente.
O crescimento destes indicadores é natural, isso porque o mercado de trabalho brasileiro - e também o catarinense - continua em expansão apesar da desaceleração atual da economia. Exemplo disso é o fato da taxa de desemprego brasileira ter novamente caído no mês passado, chegando ao menor patamar de sua história para os meses de maio: 5,8%. Nesta cojuntura, onde o emprego e a renda continuam se expandindo, o consumo atual das famílias tende a crescer nas mesmas proporções.
Perspectiva profissional
A perspectiva profissional, apesar de apresentar crescimento anual (15,9%) e mensal (2%), continua sendo o pior indicador do ICF, atingindo apenas 106,7 pontos, pouco acima da fronteira de satisfação (100 pontos). A principal justificativa são os problemas ocasionados pela falta de qualificação da mão de obra, que faz os empregados muitas vezes não conseguirem crescer dentro da estrutura das empresas, gerando insatisfação em relação à sua própria situação profissional.
Acesso ao crédito
Outro indicador que ajuda a explicar o maior consumo atual dos catarinenses é o de acesso ao crédito. Este índice cresceu 4,5% na comparação mensal e 7,2% na comparação anual, chegando ao patamar de 166,3 pontos. As medidas que visavam facilitar o crédito que o governo federal adotou nos últimos meses, implicando em menores taxas de juros e maiores prazos de pagamento para os consumidores, são centrais para entender tal crescimento do indicador.
Perspectiva de consumo
Com emprego seguro, renda maior e acesso ao crédito facilitado, torna-se natural que o indicador de perspectiva de consumo das famílias catarinenses também apresente crescimento. Na comparação anual ele se expandiu de maneira exacerbada (60,4%) e na comparação mensal o crescimento foi de 1,9%. Assim o índice atingiu os 159,1 pontos, o que aponta para um segundo semestre forte para o ritmo de vendas do comércio do estado.
Momento para duráveis
Se confirmado o crescimento expressivo das vendas no segundo semestre, o ICF indica que o setor que irá absorver grande parte deste consumo será o de bens duráveis, já que o indicador encontra-se na casa dos 180,2 pontos - mesmo patamar de maio e maior em 9,4% em relação a junho de 2011.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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