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Endividamento e inadimplência das famílias catarinenses diminuem

28/06/2012 – Isso se explica pela melhor situação financeira dos catarinenses neste ano, junto com as facilidades nas condições de pagamento.

O percentual de famílias catarinenses endividadas diminuiu tanto na comparação mensal quanto anual, segundo a Pesquisa de Inadimplência do Consumidor (PEIC) de junho, realizada pela CNC e Fecomércio. Na mesma época em 2011, esta parcela era de 91%, e em maio foi de 88,2% - neste mês o percentual ficou em 86,9%. O número de famílias inadimplentes também caiu nas duas comparações, estabelecendo-se na casa dos 20,2%.

 

A Fecomércio acredita que este fenômeno é causado pelo aumento da renda das famílias e por melhores condições de pagamento da economia brasileira (menores taxas de juros e maiores prazos de pagamento), mesmo em um contexto de aumento nas vendas baseadas no crédito.

 

Com esta importante expansão segura das vendas, é provável que o cenário de reativação mais forte da atividade econômica a partir do segundo semestre seja realmente alcançado, o que está de acordo com as expectativas dos empresários para este ano.

 

Análise do endividamento

 

De maio para junho, a parcela de famílias endividadas no estado reduziu em 1,3%, enquanto na comparação anual a redução foi de 4,1%. Esta diminuição mostra que as famílias estão quitando seus compromissos financeiros, fato que viabiliza a expansão de crédito prevista para o segundo semestre.

 

A comparação por faixa de renda mostrou um quadro equilibrado entre as famílias com renda superior e inferior a 10 salários mínimos. Aquelas com maior renda possuem um percentual de 86,8% de endividamento, enquanto as de menor renda apresentaram 86,9%.

 

Em relação ao nível de endividamento, a comparação mensal mostrou um pequeno crescimento nas famílias muito endividadas (de 43,5% para 44,9%), embora anualmente este percentual apresentasse redução de 8,3%. Também cresceu o número de famílias pouco endividadas, chegando aos 10,1%. Este quadro significa uma melhor condição nas dívidas do estado.

 

Na análise dos tipos de dívidas, notou-se em junho um expressivo crescimento do uso do cartão de crédito, que se consolidou como principal forma de endividamento das famílias de Santa Catarina, responsável por uma fatia de 59,1%. Em segundo lugar está o financiamento de carros (20,1%), seguido pelos carnês (8,8%) e o financiamento de casas (5,5%).

 

O mês de junho apresentou melhora no tempo médio de comprometimento com as dívidas em relação a maio: de 5,6 meses, caiu para 5,1 meses. A maioria das famílias do estado está comprometida em menos de 3 meses (60,2%). Em segundo lugar estão aquelas que levarão mais de 1 ano para serem quitadas (27,8%). Completa o quadro os 6,1% que estão comprometidos entre 6 meses e 1 ano e os 5,9% entre 3 meses e 6 meses.

 

Completando a análise está a parcela de renda destinada ao pagamento das dívidas. Em junho, o percentual médio da renda comprometida ficou em 28%, superior aos 26,6% de abril. Apesar deste crescimento, o grau de comprometimento continua seguro, tornando muito difícil a possibilidade de ocorrer uma crise de inadimplência.

 

Análise das contas em atraso

 

O percentual de famílias inadimplentes também caiu em junho. Mensalmente, passou de 21,1% em maio para 20,2%. Em junho de 2011 o percentual foi de 24,8%. Isso se explica pela melhor situação financeira dos catarinenses neste ano, junto com as facilidades nas condições de pagamento das dívidas - o que além de ocasionar queda na inadimplência, gera maior segurança por parte das empresas para a expansão do crédito ao consumidor.

 

Analisando por faixa de rendimento, as famílias com renda maior que 10 salários mínimos estão em condições superiores ao das famílias com rendimento inferior a isso. Ao mesmo tempo em que apenas 6,6% das primeiras têm contas em atraso, 23% das segundas estão na mesma situação. Desta maneira a renda se apresenta como fator chave para entender a inadimplência.

 

Desfavorável é o fato de que 32,1% das famílias disseram que irão pagar totalmente suas dívidas em junho, enquanto número de maio era superior (43,2%). Por outro lado, o percentual daqueles que afirmaram que não conseguirão pagar suas dívidas em junho ficou em 34,9%, o que é menor que os 36% do mês anterior. Completa o quadro deste mês os 32,1% que pagarão suas contas atrasadas apenas parcialmente.

 

Análise das famílias que não terão condições de pagar suas dívidas

 

Já no tempo médio de atraso das contas, em junho ele ficou em 61 dias para as famílias do estado. O tempo é superior ao de maio (56 dias), o que sugere que os atrasos de longo prazo são os que menos foram quitados pelas famílias em junho.

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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