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 Os 40 maiores fabricantes de bens de consumo de massa movimentaram R$ 195 bilhões no varejo em 2010. O valor representa um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior, segundo dados da Nielsen, que analisou todos os produtos vendidos pelas empresas em 140 categorias de produtos.

Os 7,4% de aumento representam um faturamento adicional de R$ 13,5 bilhões. Desse total, 9,4 bilhões – ou 70% – estão concentrados em dez indústrias. “É importante ressaltar que apenas 7% dos 40 fabricantes tiveram queda em seus produtos presentes nos segmentos analisados em nossa pesquisa”, explica Luiz Carlos Gaspar, executivo de atendimento da consultoria.

Para ele, a execução no ponto de venda foi o que impulsionou o crescimento dos 40 maiores fabricantes. De acordo com o levantamento, 62,5% investiram em ofertas no ano passado e 58,3% no aumento do sortimento/loja. A distribuição aparece em terceiro lugar entre as estratégias adotadas (54,2% do total) e os packs promocionais em quarto, utilizada por 50% das indústrias.

“Essas empresas concentraram seus esforços nas lojas mais representativas em vendas para seu portfólio”, afirma Gaspar. Como exemplo, ele cita um fabricante de higiene e beleza. Em uma de suas categorias, essa empresa participou de 60% dos tabloides lançados em novembro de 2010 nas lojas onde as vendas de seus produtos eram até 38% superiores à média. Já nas unidades onde suas vendas ficavam abaixo da média, ela esteve presente em 33% dos encartes de ofertas.

Ainda utilizando o mesmo exemplo, nas lojas mais representativas, seus produtos conquistaram 11,6% do total de frentes da categoria analisada, contra 8,6% dos estabelecimentos em que possui vendas menores. “Com esses dados, queremos mostrar que as indústrias ainda têm uma oportunidade de crescimento nas lojas que estão abaixo da média”, diz o executivo da Nielsen. Com essa estratégia, tanto os fabricantes quanto o varejo poderiam se beneficiar de resultados ainda melhores do que os de 2010.