A Petrobras teve prejuízo de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre deste ano, segundo relatório da empresa, a alta do dólar foi determinante para o resultado negativo - o endividamento em dólares e também os custos dolarizados pesaram.
Entre as outras influências, a Petrobras citou no comunicado a redução da produção de óleo devido à realização de paradas para manutenção.
É o pior resultado da estatal desde o primeiro trimestre de 1999, quando a empresa registrou prejuízo de R$ 1,539 bilhão, segundo levantamento da consultoria Economatica.
No semestre, a estatal teve lucro líquido de R$ 7,868 bilhões, queda de 64% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 21,9 bilhões.
A presidente da Pretobras, Maria das Graças Foster, apontou no relatório que o resultado vem principalmente da "expressiva depreciação do real frente ao dólar, despesas extraordinárias com poços secos e o desalinhamento de preços dos derivados vendidos no mercado brasileiro em relação aos parâmetros internacionais". E disse estar "trabalhando para recuperar nossa rentabilidade".
Perdas
Nas explicações das perdas, a empresa disse ainda que os custos de extração aumentaram em função das inúmeras paradas ocorridas e "os preços dos derivados vendidos no Brasil estiveram, durante maior parte do trimestre, com grande defasagem em relação às paridades internacionais, somente reduzida com os aumentos realizados em 25 de junho de 2012".
Nesse período, a estatal elevou os preços da gasolina e no óleo diesel, alegando "alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo". O diesel ainda teve uma segunda elevação, mas já em julho, portanto fora do período abrangido pelo balanço.
Custos
Na lista de influências negativas, a estatal cita o aumento na demanda por derivados, que tornou necessário formar estoques a custos mais elevados e com maior participação dos importados, principalmente de diesel; a queda dos preços internacionais, que gerou perdas nos estoques das refinarias no exterior; e maiores importações de GNL para suprimento da demanda térmica. No ano, só até maio, a importação de petróleo e gás cresceu 315%.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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