No primeiro semestre, segundo pesquisa da Nielsen, 55% dos celulares vendidos permitiam navegação na web. Segundo Thiago Moreira, diretor de telecom da empresa, essa relação era de 49% no segundo semestre do ano passado.
Isso não quer dizer, porém, que a maioria das novas vendas se concentre em produtos de alto valor agregado, como o iPhone e o Samsung Galaxy S. Na verdade, embora as vendas de smartphones tenham mais do que dobrado nos 12 meses encerrados em 30 de junho, telefones que permitem o download de aplicativos e carregam sistemas operacionais como Android, iOS ou Windows só contribuem com 12% das vendas totais.
Para ter acesso à internet, o brasileiro se vê obrigado, por limitações de renda, a usar uma tecnologia intermediária, os chamados webphones. Esses aparelhos, que têm navegação na internet e acesso a e-mails e a redes sociais, representam 43% dos novos celulares vendidos no País.
Linhas
Isso ocorre porque, como mais de 70% dos brasileiros têm linhas pré-pagas, só uma pequena parcela dos clientes pode ser fidelizada pelas operadoras com base no subsídio do aparelho. "Em mercados como o dos Estados Unidos, onde os smartphones já representam dois terços das vendas de novos celulares, o consumidor leva o aparelho quase de graça", explica Moreira.
De qualquer forma, explica o especialista, o lançamento de planos de internet no pré-pago por preços próximos a R$ 15 por mês deverá dar ao consumidor ânimo de investir em um novo aparelho - seja um webphone ou um smartphone. "Acho que o consumidor chegou à conclusão de que não vale a pena ter mais um aparelho sem internet. Como nós financiamos o telefone, ele vê vantagem em pagar um pouco mais na parcela para ter um aparelho melhor", diz Hilton Mendes, diretor de terminais e inovação da Telefônica/Vivo.
Autor: Estadão
Fonte: Economia SC
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