Segundo relatório realizado pela E-bit, juntamente com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico o e-commerce brasileiro obteve desempenho acima do esperado em 2010.
O faturamento para o ano foi de R$ 14,8 bilhões, um crescimento nominal de 40% frente aos R$ 10,6 bilhões faturados em 2009. Esse resultado, aliás, superou a previsão anterior da empresa, que considerava um faturamento de R$ 14,5 bilhões.
É possível atribuir os bons resultados pelo incremento de vendas proporcionado pela Copa do Mundo. O evento futebolístico colaborou efetivamente para o aumento na venda de Televisores de Tela Fina, especialmente aparelhos de LCD. Outros fatores relevantes para o superaquecimento do setor no ano foram a entrada de novos players, a consolidação de grandes grupos de varejo e o aumento da renda do consumidor. Para o diretor da E-bit, Pedro Guasti, o comércio eletrônico está passando por um período de amdurecimento e aprendizado.
"As vendas no setor superaram nossas expectativas iniciais para o ano. Isso se deve à grande aceitação que esse tipo de comércio vem tendo por parte dos brasileiros, cada vez mais confiantes em comprar online. Paralelamente a isso, percebemos que não estão apenas comprando mais, mas comprando produtos de maior valor agregado, como Eletrodomésticos, Informática, Eletrônicos e Telefonia, mais especificamente notebooks, desktops e televisores de tecnologia avançada", explica.
Números
Os argumentos podem ser explicados por dados: em 2010 foram feitos mais de 40 milhões de pedidos, divididos em uma base de aproximadamente 23 milhões de e-consumidores que gastaram, em média, R$ 373.
Durante o ano, as categorias que se destacaram das demais e terminaram o ano como as preferidas nos carrinhos virtuais dos e-consumidores foram Eletrodomésticos (14%), Livros, Assinaturas de Revistas e Jornais (12%), Saúde, beleza e medicamentos (12%), Informática (11%), e Eletrônicos (7%).
Expectativas para 2011
Segundo Guasti, os ventos devem continuar soprando a favor do e-commerce em 2011. "O bom rendimento do canal não deve parar e seguirá com crescimento significativo esse ano. Com a maior consolidação do setor, aliada às novas ferramentas que auxiliam os consumidores na hora de realizar uma compra, como as redes sociais, o faturamento do e-commerce brasileiro deve continuar sua expansão, ainda que num ritmo menor que o ano passado", conclui o diretor geral da e-bit.
A expectativa é a de que o comércio eletrônico fature R$ 20 bilhões nesse ano, um crescimento nominal de 30% em relação ao ano de 2010 (R$ 14,8 bilhões). Só no primeiro semestre do ano, são esperados cerca de 4 milhões de novos entrantes no setor, chegando assim, a 27 milhões de e-consumidores que realizaram, ao menos, uma compra online até hoje.
Compras coletivas e perfil do consumidor
Um dos incentivos para o crescimento deste mercado foi a vinda dos sites de compra coletiva, que chegaram ao Brasil e, em poucos meses, já viraram febre entre consumidores e investidores. De acordo com informações de mercado, já existem mais de 1.200 sites deste tipo (em operação ou em fase de lançamento), oferecendo cupons com descontos que variam normalmente entre 50% e 70%.
O perfil do consumidor também tem se apresentado diferente dos últimos anos. Um levantamento feito pelo E-bit apontou que as mulheres com idade superior a 50 anos passaram de 14% para 21% do total de compradoras. No que diz respeito aos usuários de baixa renda, o levantamento revelou, entre outros dados, que os integrantes da chamada "Classe C" são mais jovens do que o restante do mercado. No geral, a média de idade dos "e-shoppers" é de 41 anos, enquanto que a média dos consumidores de baixa renda ficou em 37 anos.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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