O governo japonês anunciou, nesta segunda-feira (27), a abertura do mercado para a carne suína de Santa Catarina, único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação.
Ainda que a participação do Brasil seja pequena nos primeiros anos, representará volume significativo em relação à produção e exportação brasileiras, avalia a ABIPECS (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).
Atualmente, o Brasil é o maior exportador de carne de aves in natura congelada para o Japão, com quase 90% daquele mercado. "Não existe motivo para também em carne suína o Brasil não passar a atender volume importante das importações japonesas. Acreditamos que rapidamente, já em 2013, o Brasil deverá fornecer cerca de 15% das importações do Japão. Esse volume, pequeno para o comércio do Japão, altera de maneira significativa o balanço entre oferta e demanda do setor brasileiro", diz Pedro de Camargo Neto, presidente da ABIPECS.
Negociação
Essa decisão resultado de muitos anos de trabalho dos governos federal e de Santa Catarina e do setor privado. A primeira missão veterinária do Japão a Santa Catarina ocorreu em dezembro de 2007, quando dois cientistas vieram conhecer a situação da febre aftosa no Brasil.
Essa missão já foi consequência da obtenção pelo estado de Santa Catarina da certificação do status máximo "livre de febre aftosa sem vacinação", ocorrida em maio de 2007. Tal certificação foi concedida pela OIE - Organização Internacional de Saúde Animal.
Somente um ano depois da primeira visita da missão japonesa, em dezembro de 2008, o Ministério da Agricultura, Pesca e Florestas enviou extenso questionário a ser respondido pelo Brasil, documentando de maneira detalhada o sistema produtivo e os serviços públicos federal e estadual de Santa Catarina. Esse passo viabilizou uma análise, em Tóquio, da questão de saúde animal.
"O resultado de hoje, fruto do trabalho de todos, deve ser comemorado, pois abre nova perspectiva para o setor de suínos no Brasil", completa Pedro de Camargo Neto.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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